Campus da USP na capital faz consulta pública sobre itinerários de ônibus para melhorar tempo de viagem

Consulta pública realizada pela Prefeitura do Campus da Capital busca analisar preocupações dos usuários com a proposta de mudanças nos itinerários dos ônibus; participação pode ser feita até o dia 8 de março

 28/02/2024 - Publicado há 4 meses
Proposta é que os trajetos fiquem menores e diminuam o tempo de viagem dos usuários – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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Cerca de 100 mil pessoas circulam diariamente pela Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, no bairro do Butantã, em São Paulo. São estudantes de graduação e pós-graduação da USP, além de professores, funcionários técnico-administrativos e visitantes da comunidade externa que precisam se deslocar por uma área de quase 4 milhões de metros quadrados do campus para chegar a seus destinos. Segundo dados da Prefeitura do Campus da USP da Capital (Pusp-C), o número de usuários de transporte coletivo soma cerca de 28 mil pessoas.

Para melhorar a movimentação desses usuários no campus e diminuir o tempo de espera em pontos e no terminal de metrô mais próximo, o do Butantã, da Linha 4 Amarela, a prefeitura apresentou à São Paulo Transportes (SPTrans), responsável pela gestão do sistema de ônibus na capital, uma proposta de mudança no itinerário dos ônibus que circulam no local e a inclusão de uma nova linha que seriam implantadas no início deste ano letivo, na última segunda-feira, dia 26 de fevereiro. A SPTrans acolheu a maior parte das propostas, mas fez uma contraproposta que, a partir de reunião conjunta com a Prefeitura do Campus, foi  encaminhada para implantação.

A divulgação da mudança foi feita pelas redes sociais da Universidade e pelos canais da SPTrans, mas gerou preocupações de muitos usuários e por esta razão a Prefeitura abriu até o dia 8 de março uma consulta pública, por meio de um questionário on-line, para ouvir comentários dos usuários sobre essas mudanças e, caso necessário, propor à SPTrans fazer ajustes a partir das demandas e considerações que surgirem. Para participar, basta acessar este link.

Raquel Rolnik, prefeita do campus da USP na capital e professora da FAU – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

“Desde 2022, temos procurado melhorar o tempo de espera nos pontos de ônibus e nos terminais, tópicos que são tema de muitas reclamações. Aumentamos os pontos de embarque dos circulares dentro do Terminal Butantã para possibilitar embarques simultâneos; depois introduzimos o pré-embarque para poder agilizar o embarque no horário de pico; adotamos experimentalmente uma linha circular interna (o Cinzinha) por três meses para avaliar seu desempenho e, finalmente, conduzimos uma pesquisa origem-destino interna para poder reavaliar os percursos dos ônibus”, explica a prefeita do campus, a professora Raquel Rolnik, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

Quais são essas mudanças?

“A proposta de mudança de trajetos e criação de uma nova linha tem o objetivo de deixar os trajetos mais curtos para ser possível fazer mais viagens com os mesmos ônibus e assim diminuir o tempo de espera nos pontos”, explica a prefeita. As mudanças foram discutidas com a SPTrans até se fechar um modelo viável para implantação e, de acordo com ela, com esses percursos menores pode-se economizar de 10 a 15 minutos na viagem. A prefeitura elaborou um mapa que mostra os novos trajetos, disponível abaixo ou neste link.

As linhas que apresentaram mudanças são a 8012-10 (Cid. Universitária – Metrô Butantã), no mapa em azul, a 8022-10 (Cid. Universitária – Metrô Butantã), em vermelho, e 8032-10 (Metrô Butantã – Cid. Universitária), em amarelo. A nova linha é a 8042-10 (USP – P3), na cor verde em tracejado.

Mapa com a proposta dos novos itinerários de ônibus no campus do Butantã, em São Paulo – Foto: Divulgação/Pusp-C

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O redesenho das linhas foi pensado a partir do resultado de uma pesquisa amostral origem-destino que contou com mais  6 mil  respostas da comunidade do campus Butantã, realizada no ano passado. Desde então, a Prefeitura conta também com o apoio de uma consultoria formada por ex-alunos da Escola Politécnica (Poli) da USP, que fez uma avaliação dos trajetos, dos tempos de deslocamento dos ônibus e do desempenho dos circulares. A ideia era também monitorar de forma independente o cumprimento do contrato com a SPTrans, para poder acompanhar e cobrar o cumprimento do contrato, mas também para propor alterações visando a melhorias.

Os trabalhos também envolveram a equipe técnica do Grupo de Mobilidade da Prefeitura formado por professores e alunos da Universidade que estudam a questão do transporte público. O grupo é coordenado pelo professor da Poli Hermes Fajersztajn, que já foi prefeito do campus, e também tem participação do GT Mobilidade do Plano Diretor Participativo do campus da USP na capital, co-coordenado pelo professor Matheus Humberto, professor da Poli no Departamento de Engenharia de Transportes. 

A Prefeitura se envolveu diretamente na promoção de uma audiência pública sobre o tema, além de ter chamado entidades estudantis e de professores para conversar sobre o assunto. Foram realizadas, por exemplo, conversas com a Associação de Moradores do Conjunto Residencial da USP (Amorcrusp) para ouvir as demandas e propostas da comunidade. Vários alunos da graduação e da pós passaram então a integrar o GT constituído. 

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No contexto do grupo de trabalho, do diálogo com a SPTrans e com a consultoria, a Prefeitura pretende ainda implementar um processo de revisão, envolvendo os professores e estudantes, para entender as queixas dos usuários e poder trabalhar no aperfeiçoamento do sistema de transporte no campus. “Acreditamos que com os 18 ônibus  previstos em contrato que servem as linhas dentro do campus e fazendo os ajustes nos trajetos a gente consiga melhorar a situação dos usuários”, conclui a prefeita.

Para participar da consulta pública sobre a mudança dos itinerários acesse até o dia 8 de março este link.


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