8 projetos da USP para ensinar e aprender ciências pela internet

27/11/2020

Para levar o conhecimento científico gerado na Universidade até a sociedade, projetos de extensão da USP oferecem recursos e conteúdos educativos de qualidade que podem ser utilizados por professores, estudantes e qualquer pessoa que tenha acesso à internet

Um dos pilares da universidade pública, a extensão é a ação que busca trocar saberes com a sociedade e gerar benefícios a todos os envolvidos. Ela inclui diversas atividades como cursos, eventos, ações culturais e científicas, além de programas de integração.

Nessa missão, várias unidades da USP oferecem projetos que auxiliam o ensino e o aprendizado de disciplinas escolares como Química, Física, Genética, Astronomia, além de conhecimentos sobre geopolítica, biodiversidade e outras questões da atualidade. Eles são promovidos por professores e estudantes de graduação e pós-graduação que procuram levar conhecimentos atuais gerados na Universidade, inovando em forma, linguagem e conteúdo. Confira abaixo alguns projetos em destaque que oferecem recursos on-line e estão disponíveis gratuitamente na internet.

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Química é vida

Do cabelo ao vírus, a química está em tudo

Para explicar como a química está presente no cotidiano e divulgar a ciência para estudantes e público em geral, o projeto Química é Vida divulga vídeos a partir de uma linguagem simples, desvinculada de expressões acadêmicas e técnicas da área.

O conteúdo produzido pode ser usado nas aulas de ciências em temas como o funcionamento de baterias de lítio, como vencer a guerra do coronavírus, a revolução genômica e o metabolismo, entre outros. 

O projeto é produzido pelo Instituto de Química (IQ) da USP, em São Paulo, e o material em vídeo está disponível no canal do YouTube do IQ.

Física para todos

Abordagens que inspiram o aprendizado de física

Com a fama de ser uma das mais difíceis disciplinas do currículo escolar, a física pode ser abordada de uma forma descontraída e acessível. Essa é a proposta do projeto Física para todos, um ciclo de palestras quinzenais promovido por pesquisadores do Instituto de Física (IF) da USP. As palestras são transmitidas ao vivo pela internet e depois ficam disponíveis no canal do IF no YouTube.

Os conteúdos podem servir de inspiração para aulas ou mesmo para serem vistos pelos estudantes do ensino médio, já que o objetivo é aguçar a curiosidade sobre temas científicos. Como o som é produzido, o projeto Sirius, a física a partir das estrelas e a física nuclear são alguns assuntos abordados nas palestras. Para saber dos eventos, basta seguir as redes sociais do projeto.

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Dia e Noite com as Estrelas

As últimas notícias do espaço intergalático

Novas missões à Marte, chuva de meteoros, lua azul, a ciência brasileira. Esses são alguns dos temas do boletim Dia e Noite com as Estrelas publicado por pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, em São Paulo. A cada dois meses, a publicação traz notícias científicas sobre a astronomia para quem quer conhecer e saber mais o que está acontecendo no Universo.

Os professores da área de ciências podem indicar aos alunos a leitura dos conteúdos, que incluem quadrinhos, notícias, curiosidades, e sugerir discussões e atividades a partir deles. Também pode-se seguir a sugestão de filmes que abordam temas relacionados ao Universo.

Em formato PDF, o boletim pode ser lido pela internet ou impresso. Para receber na caixa de mensagens, basta enviar o endereço de e-mail ou número de celular para contatodncestrelas@gmail.com

CIENTIFICAMENTE

Pequenas experiências,
grandes aprendizados

Incentivar o aprendizado de ciências e oferecer atividades científicas com o objetivo de estimular a curiosidade, a criatividade e o pensamento crítico dos participantes é o objetivo do projeto Cientificamente. Ele oferece experimentos que podem ser realizados em casa pelos professores para fazerem parte de vídeos e transmissões em aulas a distância.

Oficina CSI, que mais faz sucesso entre os estudantes, é inspirada no seriado americano de investigação CSI e envolve a análise de material genético (DNA) na cena de um crime. O experimento pode ser desenvolvido com reagentes e equipamentos caseiros por professores do ensino fundamental e médio. Todo o plano de aula e roteiro está disponível no site do projeto.

O Cientificamente é realizado por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e oferece vários vídeos sobre temas científicos no canal do YouTube. Confira.

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Cinegri

Ficção e fantasia para entender a realidade

Capitão América, Tropa de Elite 2 e Parasita são filmes diferentes em muitos aspectos. O primeiro fala sobre heróis, o segundo traz a tênue relação entre policiais e milicianos e o terceiro destaca a desigualdade social na Coreia do Sul. Apesar de temáticas distintas, eles podem contribuir para análises de questões sobre história, ciências sociais e geografia dos contextos retratados.

Esses são alguns dos filmes que fazem parte do projeto CineGRI, iniciativa do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP que relaciona produções audiovisuais com assuntos da atualidade. Como muitos dos filmes são escolhidos pela popularidade, partir deles para abordar conteúdos escolares pode ser um bom início. Os professores podem se inspirar com os vídeos divulgados pelo CineGRI ou até indicar que os alunos vejam o conteúdo e depois discutam entre si.

GEnoma USP

O ensino de genética é pop

A origem da força na família Skywalker da série Star Wars e a cor dos pelos dos gatos podem explicar de maneira fácil e divertida como funcionam os genes e a transmissão de características hereditárias. É assim que o grupo Genoma USP vem trabalhando nas redes sociais para aproximar o público de conceitos importantes da ciência. 

São várias imagens numa única postagem em que a pessoa acompanha uma sequência para entender a explicação. As produções visuais contam com pequenos textos em linguagem clara e objetiva e incluem elementos do universo pop. Além de poder usar esse recurso nas aulas de biologia e ciências, os professores também podem contar com vídeos e o Cine Genoma, com debates sobre questões da ciência a partir de filmes e séries de sucesso. 

O Genoma USP é o nome virtual do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), do Instituto de Biociências (IB) da USP.

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ZOOLOGIA EM CASA

Desafios e histórias para aprender sobre biodiversidade

Animais misteriosos, histórias intrigantes e imagens impressionantes da ciência fazem parte dos materiais que o Museu de Zoologia da USP (MZ), em São Paulo, disponibiliza no site e redes sociais voltadas aos professores, estudantes e público geral que se interessa pela zoologia.

Tem o Quiz Animal, em que um esqueleto de dinossauro ou um pássaro raro são o mote para falar de fósseis e biodiversidade; também o Zoologia em Casa, que oferece livretos para download com desafios e informações relacionadas aos conteúdos da área.

O museu também faz indicação de livros que tratam do tema da biodiversidade para crianças. Em vídeo, o programa Vice Versa entrevista pesquisadores que falam sobre os desafios da pesquisa e do ensino durante o isolamento.

E tem também o tour virtual 360 que serve como recurso de apoio aos professores e mostra o acervo do museu e a exposição Biodiversidade – Conhecer para Preservar.

astronomia para todos

Um céu de conhecimentos

Os fenômenos que ocorrem no céu e os conhecimentos sobre astronomia sempre despertam a curiosidade nas pessoas e, no ensino formal, podem abrir caminho para o aprendizado de várias disciplinas. Para contribuir com professores e estudantes o Astronomia para Todos, projeto do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, tem a proposta de oferecer conteúdos sobre temas da atualidade nessa área de estudo, com uma abordagem mais próxima do público geral.

Buracos negros, como as estrelam se formam e a formação de planetas são alguns dos assuntos das palestras, em vídeos disponíveis no canal do projeto no YouTube. O projeto também tem observação do céu noturno com telescópios, mas a atividade está suspensa devido à pandemia. As atividades têm o apoio do Clube de Astronomia de São Paulo.

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