Plataforma de mapeamento remoto contribui para o ensino de geografia nas escolas

Segundo Kaue Oliveira Almeida, plataforma MAPi oferece a alunos e professores uma nova perspectiva em compartilhamento de dados espaciais das cidades

 Publicado: 07/05/2024
Imagem: centrodametropole.fflch.usp
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O Centro de Estudos da Metrópole (CEM) vai lançar um novo aplicativo de mapeamento em oficina do 24º Encontro USP Escola. A Plataforma de Mapeamento Interativo (MAPi) pode ser usada por professores e alunos em sala de aula para estudos sobre o meio urbano. Kaue Oliveira Almeida, pesquisador da Equipe de Transferência do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) da Universidade de São Paulo, explica as funcionalidades do dispositivo e como pode ser aplicado no ensino escolar.

Kaue Oliveira Almeida – Foto: Linkedin

Segundo o pesquisador, a ideia de enriquecer estudos sobre elementos do espaço urbano surgiu durante o período da pandemia, quando um professor da rede de educação básica entrou em contato com o CEM, afirmando que usava as ferramentas de visualização e análise de dados espaciais em suas aulas remotas e pediu o restabelecimento da plataforma, que estava passando por instabilidades.

“A equipe responsável pela ferramenta tem como público-alvo os gestores públicos, mas esse contato estabelecido por um professor acendeu uma luz de alerta que fez eles perceberem o potencial dessas plataformas também na educação básica. Contudo, para que isso ocorresse, era necessário pensar em toda uma estrutura específica para atendimento a esse segmento”, conta.

Utilização

Segundo Almeida, a plataforma possibilita a criação de mapas de temas variados, como, por exemplo, a localização de escolas e rotas de transporte, o que poderia contribuir para compreender melhor o acesso à educação para aqueles que dependem do sistema público de transporte. Outra funcionalidade do MAPi, segundo ele, é a geração de gráficos associados aos dados geoespaciais, permitindo assim analisar a distribuição dos fenômenos em um plano cartesiano que resume as informações apresentadas no mapa.

Além disso, ele conta que os estudantes têm a capacidade de registrar elementos geograficamente localizados das características urbanas do entorno, como o estado das calçadas ou áreas com pouca luminosidade, utilizando informações textuais, fotografias ou vídeos. Esses dados são organizados e podem ser examinados e interpretados através do mapa do MAPi para promover reflexões coletivas dentro da classe ou em colaboração com outras turmas, podendo ampliar a visualização com informações adicionais provenientes de fontes oficiais ou de outras turmas para análise de seus impactos sociais.

“Então é uma ferramenta colaborativa em que qualquer pessoa pode fazer upload dessas fotos e elas poderão ser visualizadas dentro da nossa plataforma. E com isso a gente tem uma outra camada de dados, uma outra perspectiva da visualização dessas informações espaciais dentro das cidades”, explica.

Lançamento

O aplicativo será apresentado por Almeida junto à Equipe de Transferência e Difusão do CEM no dia 18 de julho, em oficina interativa do 24º Encontro USP Escola. As inscrições para a oficina são gratuitas e devem ser feitas até o dia 11 de maio no site oficial do evento, onde também é possível consultar a programação completa. Ele destaca que, além de serem apresentados ao programa, os professores também serão ouvidos para que seja entendido como percebem o uso do dispositivo dentro das salas de aula.

“É uma primeira versão do aplicativo que estamos lançando para os professores, por isso, queremos criar um diálogo com eles que se mantenha mesmo após o evento. Dessa forma, tentaremos melhorar a plataforma, seja na solução de eventuais erros, como também na adição de novas funcionalidades para atender à demanda de toda a comunidade escolar”, finaliza.


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