Uma pesquisa publicada recentemente na revista Nature Communications trouxe uma revolução na área da clonagem. Utilizando células da pele que passaram pelo processo de liofilização (ou seja, a desidratação da célula para que elas fiquem como um pó), os autores conseguiram clonar camundongos férteis.
“Esses resultados podem auxiliar a salvar espécies em extinção e, quem sabe, ressuscitar animais já extintos”, destaca Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP.
A ovelha Dolly foi o primeiro mamífero clonado no mundo, em 1996. Os pesquisadores retiraram uma célula da mama de uma ovelha, que foi inserida em um óvulo gerado por uma segunda ovelha, sem o núcleo. Depois, esse óvulo com o núcleo da segunda ovelha foi inserido no útero de uma terceira ovelha, que gerou o clone, batizado de Dolly. Foram 277 tentativas realizadas até o nascimento do animal. “A revolução da Dolly foi mostrar, pela primeira vez, que era possível reprogramar uma célula e gerar outros tecidos de um animal”, diz a geneticista.
O processo de clonagem, bem como os resultados da pesquisa, são detalhados por Mayana Zatz.
Decodificando o DNA
A coluna Decodificando o DNA, com a professora Mayana Zatz, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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