Cientistas americanos criam cérebro híbrido para estudar doenças neurológicas

Pequenas estruturas, semelhantes ao cérebro humano – chamadas de organoides – foram inseridas em cérebros de ratos recém-nascidos

 27/10/2022 - Publicado há 1 ano
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Uma nova pesquisa, publicada na revista Nature, descreveu os resultados da implantação de organoides de cérebros humanos em cérebros de ratos recém-nascidos. A pesquisa, realizada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, “abre novos caminhos para as pesquisas em doenças neurológicas”, segundo Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP.

O cultivo de organoides cerebrais em laboratório já é uma prática muito usada por cientistas. Essas estruturas minúsculas, também conhecidas como minicérebros, são derivadas de células IPS – aquelas que são reprogramadas para fazer qualquer tipo de células. No entanto, em experimentos in vitro, esses organoides não desenvolvem vasos sanguíneos e, portanto, não recebem nutrientes. Por isso, não conseguem sobreviver por muito tempo.

A novidade dessa pesquisa foi que esse cérebro humano, quando transplantado para os ratos, foi capaz de enviar sinais e responder ao ambiente.

Na coluna de hoje (27), Mayana detalha como foi realizada a outra etapa do estudo, que investigou um tipo de doença neurológica, e também questões éticas importantes acerca do experimento.


Decodificando o DNA
A coluna Decodificando o DNA, com a professora Mayana Zatz, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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