O turismo deve ser pensado de forma acessível para contribuir com o direito ao lazer

“Todas as pessoas, independentemente de suas necessidades ou limitações, merecem aproveitar as maravilhas do turismo”, reflete a pesquisadora Lúcia Silveira Santos

 15/12/2023 - Publicado há 7 meses
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O turismo deve ser pensado de forma acessível para contribuir com o direito ao lazer – Foto: Reprodução/Freepik
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O lazer é um direito garantido pela Constituição Federal e apresenta relação direta com os direitos trabalhistas, pois é responsável pela manutenção da saúde física e mental dos indivíduos. Apesar da sua importância, ainda hoje a falta de acessibilidade em alguns ambientes não permite que esse direito seja exercido por todos de maneira igualitária. 

Lúcia Silveira Santos, doutoranda em Turismo pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, explica que há uma série de barreiras que não permitem que o turismo seja acessado por alguns grupos sociais. Assim, um dos principais objetivos da Política Nacional de Turismo é a democratização do acesso ao turismo em todo o País para o maior número de pessoas possível. 

Direito ao turismo e ao lazer 

Lúcia Silveira Santos – Foto: EACH

“Todas as pessoas, independentemente de suas necessidades ou limitações, merecem aproveitar as maravilhas do turismo! E para que isso seja possível, a gente precisa pensar na acessibilidade”, diz a pesquisadora. Para observar melhoras nesse campo é importante que serviços de transporte, meios de hospedagem, restaurantes e outros serviços possam receber essas pessoas — pois, sem eles, o destino final não pode ser contemplado de forma total.

Uma mudança cultural também precisa estar presente nesse debate para que os responsáveis pelos espaços turísticos passem a planejar visitas pensando no maior número de pessoas possível. Lúcia destaca, dessa forma, que os gestores públicos desse setor devem pensar nas dificuldades que as pessoas enfrentam em certos ambientes para adotarem soluções práticas. Em cidades litorâneas, por exemplo, é importante avaliar a forma como os cadeirantes poderiam se deslocar até o mar, nos restaurantes que possuem rampas de acesso e no deslocamento que seria realizado na hospedagem. 

Mudanças são necessárias 

“Gestores de hotéis e atrativos culturais precisam construir ou adaptar os espaços de acordo com o chamado “desenho universal”, que busca proporcionar a utilização autônoma das edificações e equipamentos por pessoas com diferentes necessidades”, adiciona a especialista. Para isso, os funcionários desses espaços devem ser treinados para aprender a forma correta de trabalhar com as demandas de cada um desses indivíduos. 

*Estagiária sob orientação de Cinderela Caldeira e Paulo Capuzzo 


Boletim Ciência do Turismo

Programa de Pós-Graduação em Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades-USP, Rádio USP e Jornal da USP
Produção - Alexandre Panosso Netto, Lúcia Silveira Santos, Vitor Silva Freire e Milena Manhães Rodrigues
Coprodução - Cinderela Caldeira, Julia Galvão, Alessandra Ueno, Guilherme Castro Sousa
O Boletim Ciência do Turismo vai ao ar na Rádio USP, quinzenalmente, às sextas-feiras, no Jornal da USP no ar
Edição: Rádio USP
Você pode sintonizar a Rádio USP SP 93,7 MHz e Ribeirão Preto 107,9 MHz, pela internet em www.jornal.usp.br ou nos principais agregadores de podcast
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