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Graciliano Ramos dispensa apresentações. É autor de alguns clássicos da literatura brasileira: além de Vidas Secas – talvez sua obra mais conhecida -, assinou outras obras primas como Memórias do Cárcere, São Bernardo e Angústia. Nem todos sabem, porém, que ele também escreveu um livro para crianças, Os Filhos da Coruja, uma edição que acaba de ser publicada pela Baião e que traz pinturas de Gustavo Magalhães e pesquisas e organização de um especialista no autor: Thiago Mio Salla. Trata-se, conta a professora Marisa Midori, de um poema escrito à mão, datado de 5 de setembro e assinado por J. Calisto, um pseudônimo de Graciliano Ramos.

“E, de fato, o autor do livro nós poderemos dizer que é o jovem Gustavo Magalhães, ilustrado por Graciliano Ramos, porque é um livro totalmente ilustrado, e o poema vem numa forma de encarte, bem no meio do livro.” A colunista chama a atenção para uma nota que consta na apresentação do livro e que dá conta de que talvez o poema tenha sido fruto da viuvez do autor de Vidas Secas. Graciliano Ramos se tornou viúvo com quatro filhos pequenos. “Aí a ideia: Os Filhos da Coruja”.

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