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João Paulo Lotufo diz que duas situações o impressionaram nestas últimas semanas. “A primeira, aquele atropelamento do artista numa avenida no Rio de Janeiro. O motorista do Uber que o atropelou socorreu, foi à delegacia, submeteu-se ao bafômetro para mostrar que não estava alcoolizado. E desde que eu vi essa reportagem, imaginei que também deveria ter sido feito alcoolemia no indivíduo atropelado, porque ele estava bebendo com os amigos e talvez isso tenha atrapalhado a sua travessia na avenida, e a gente tem que lembrar que, após ingestão de álcool, uma dose de álcool já altera a percepção de distância e velocidade.

O segundo assunto que me preocupou foram os estudantes de medicina, que lá em São Carlos, durante uma competição esportiva,  fizeram coisas absurdas como se masturbar  na plateia e correr pelados na quadra, sem falar do resto.  Essas coisas acontecem há muito tempo em todas as festas esportivas das faculdades de medicina, desde o meu tempo, 40 anos atrás, já via isso acontecer.

Tudo isso  é incentivado pelo excesso de bebida alcoólica, depois de ingerir grande quantidade de bebida alcoólica nos chamados binge drinking, bebem em excesso, então o álcool parece ser inofensivo, mas, na verdade, ele atua no cérebro e traz consequências negativas muito importantes na vida do indivíduo.

É preciso  repensar a ingestão de bebida alcoólica em excesso ou até a ingestão de bebida alcoólica em grupo, porque isso leva um indivíduo, principalmente o adolescente, a se tornar mais dependente. Lembrar que o álcool começa dentro de casa. Esses alunos de medicina fizeram um péssimo serviço à classe médica, uma desonra para a profissão. São necessárias palestras para conscientizar as faculdades de medicina e os médicos colegas sobre a ingestão de álcool e uso de drogas.”

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