Faz dois meses desde que o petróleo começou a ser detectado nas praias do nordeste brasileiro. Agora, mais um possível capítulo da catástrofe se aproxima conforme o óleo avança em direção a Abrolhos – arquipélago do litoral sul da Bahia que abriga a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. Para conversar sobre o assunto, o Jornal da USP no Ar entrevistou o professor Pedro Luiz Côrtes, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (Procam) do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP.
A Marinha tem utilizado mergulhadores na tentativa de localizar as manchas para contê-las, mas Côrtes pontua que é um “trabalho de formiguinha”, dada a dimensão do oceano. ”Infelizmente, é muito provável que o óleo vá chegar a Abrolhos e impactar um ponto importante para a vida no Oceano Atlântico.”
O professor discutiu ainda as possibilidades de origem das manchas e apontou que a hipótese mais provável era a de transporte ilegal através de dark ships – embarcações que navegam sem qualquer tipo de identificação ou contato com satélites. Pouco após o término da entrevista, a Polícia Federal deflagrou a Operação Mácula, que apontou o navio de bandeira grega Bouboulina – ligado à empresa Delta Tankers Ltd. – como culpado pelo derramamento de óleo a 700 quilômetros da costa brasileira entre os dias 28 e 29 de julho.
Ouça a entrevista completa no player acima.
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