Empresas privadas contrariam tradição e prestam solidariedade na pandemia

De acordo com Glauco Arbix, parte das empresas brasileiras, que tradicionalmente não pensam seus negócios em simultaneidade com a sociedade, mudou de postura durante a crise

 02/11/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 03/11/2020 as 11:09

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As empresas brasileiras, que tradicionalmente não desenvolvem seus negócios visando a um retorno social, durante a pandemia de coronavírus demonstraram uma mudança de posicionamento ao realizarem diversas ações solidárias. Isso é o que aponta Glauco Arbix em sua coluna de hoje:

“Nós notamos alterações muito fortes. Um número significativo de empresas que doaram cestas básicas, máscaras, disseminou informações corretas. Esse é um movimento forte, que tomou boa parte da sociedade e das empresas privadas”.

De acordo com o especialista, tal fenômeno vem ocorrendo porque a pandemia “jogou as empresas para a frente”. “A crise as forçou a pensar no futuro digital, a prestar atenção na trajetória da doença, no sistema de saúde, nas decisões públicas, tudo para proteger seus funcionários”, aponta Arbix.

Contudo, o movimento não é homogêneo, houve empresas que se aproveitaram da crise para desenvolver sistemas de corrupção e outras que simplesmente ignoraram seus funcionários. Mas, como comenta o professor, “devemos ressaltar aquelas que seguiram o caminho contrário”.

Pesquisas recentes, por sinal, demonstram que as “empresas solidárias”, que, em momentos de crise, priorizaram seus funcionários e a sociedade, alcançam mais sucesso. “Essa é a grande lição que tiramos de crises passadas e podemos reproduzir agora. Torçamos para que essa mentalidade permaneça, porque ela é importante para a manutenção do emprego e para o futuro da economia do País”, completa Arbix.

Ouça a íntegra da coluna Observatório da Inovação no player acima.


Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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