A fim de aprimorar o desempenho na corrida, pesquisadores e atletas estão constantemente em busca das melhores técnicas e treinamentos complementares. Segundo o professor Bruno Bedo, uma das principais métricas consideradas é a economia de corrida, que se refere à quantidade de energia ou oxigênio que um corredor precisa para percorrer uma distância específica. O professor destaca que recentemente dois tipos de treinamento têm sido debatidos com entusiasmo no mundo dos esportes: o treino de força (musculação) e o treino pliométrico.
Qual dos dois treinos é mais eficaz para aprimorar a economia de corrida e o desempenho em provas de tempo? Para Bedo, o destaque fica para o treino de musculação, que, de acordo com uma revisão de literatura do jornal Sports Medicine, é mais eficaz do que o treino pliométrico para melhorar a economia de corrida, especialmente aquele que utiliza cargas quase máximas.
Entre esses dois tipos de treinamento, quais são as considerações práticas para corredores e treinadores escolherem? Bedo afirma que a carga quase máxima é essencial. “Para a musculação, usar cargas quase máximas (≥ 90% do máximo de uma repetição) se mostrou mais eficaz do que cargas mais leves. Já a duração do treinamento independe do tipo de treino escolhido, um período mais longo de treinamento (cerca de dez semanas ou mais) resultou em melhores benefícios para a economia de corrida.
Para o professor, o importante é conciliar os dois métodos. “Embora a musculação tenha se mostrado superior em certos aspectos, combinar os dois estilos de treinamento pode proporcionar um avanço mais abrangente e eficaz na corrida.
Resumindo, ressalta Bedo, tanto a musculação quanto o treinamento pliométrico oferecem vantagens específicas e podem ser ferramentas valiosas para corredores em busca de aprimoramento. A chave é identificar qual método (ou combinação de métodos) é mais adequado para as necessidades e objetivos individuais do atleta.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Bruno Bedo, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.
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