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Na coluna Reflexão Econômica desta semana, o professor Luciano Nakabashi comenta os desafios econômicos no Brasil com a segunda onda da covid-19, que já atinge vários países europeus e os Estados Unidos. Segundo Nakabashi, já existia essa expectativa (da segunda onda de covid-19), que vem se confirmando, como na Europa, onde os casos estão em níveis mais altos do que na primeira onda, o que provavelmente vai acontecer nos Estados Unidos, que já registram diariamente números recordes de contágio.

O professor afirma que os países europeus e os Estados Unidos estão mais bem preparados para enfrentar a covid-19 do que estavam na primeira onda, mas, mesmo assim, “os efeitos econômicos acabam sendo severos pelo distanciamento social, feitos de forma voluntária ou pelo governo”. Essa situação, que retarda o processo de retomada, segundo Nakabashi, causa incerteza na economia mundial, agravada pela falta de garantias em relação à vacina, como quando ela estará disponível e se será eficiente, por exemplo. “Essa incerteza atinge a economia mundial e o Brasil, que também tem outros agravantes.”

Para o professor, o Brasil já entrou nesse cenário fragilizado, ou seja, já tinha uma dívida muito grande em relação ao PIB, o que se agravou durante a pandemia, em decorrência dos programas do governo para auxiliar empresas e pessoas físicas, da queda de receita e dos próprios problemas da economia mundial. “Estamos saindo da primeira onda e entrando na segunda onda que atinge os países desenvolvidos ainda mais fragilizados.”

Por isso, diz o professor, é imperativo pensar na agenda de reformas. “Se tivessem sido feitas as reformas, o Brasil estaria numa situação muito mais fácil hoje, mais confortável para lidar com essas incertezas que chegam de fora, por isso é fundamental desvincular os gastos das receitas.”

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