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Nesta sua coluna, o professor José Eli da Veiga chama para um evento que vai acontecer logo mais, às 15h desta quinta-feira (11), no IEA (Instituto de Estudos Avançados da USP). Trata-se de um debate em torno dos 50 anos de um ensaio do Celso Furtado, O Mito do Desenvolvimento Econômico. A verdade, porém, segundo o colunista, não é apenas uma questão de comemorar os 50 anos do texto do Celso Furtado: “A questão é que existe uma grande dúvida sobre o que ele pensou, na realidade, sobre isso que muita gente chama de questão ambiental, mas que, na verdade, no plano da governança mundial foi muito mais o primeiro, a emergência da ideia de ecodesenvolvimento, isso lá no começo dos anos 70, e posteriormente substituída pela legitimação desse ideal, que é o desenvolvimento sustentável”.

Na sequência de seu comentário, Eli da Veiga, ao especular a respeito de Celso Furtado ter feito parte dos economistas do desenvolvimento, argumenta não estar claro que ele tenha feito parte desse grupo de economistas. “Ao contrário, aparentemente ele evitou essa questão durante praticamente todo o período inicial do ecodesenvolvimento, como depois no período do desenvolvimento sustentável. Então, como existe essa dúvida e a literatura disponível é muito apologética, a ideia foi de fazer uma conversa com essa provocação, mas chamando três conhecidos estudiosos do assunto que vão defender o Celso Furtado.” O colunista refere-se a Cristovam Buarque, ex-reitor da UnB e ex-ministro da Educação, e dois jovens pesquisadores, ambos da USP: Alexandre Saes, professor do Departamento de Economia, atual diretor da Biblioteca Mindlin, e Alexandre Barbosa, diretor do Instituto de Estudos Brasileiros, “importantíssimo, porque foi para esse instituto que a viúva do Celso Furtado, a Rosa Freire de Aguiar Furtado, doou quase todo o acervo que ela tinha de escritos do Celso Furtado. Então eu acho que será um evento imperdível, hoje, às três da tarde”.

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