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Na coluna de hoje (11), o professor Nabil Bonduki analisa a proposta do Parque do Rio Bixiga, inserida no Plano Diretor Estratégico. Bonduki vê positivamente essa iniciativa do prefeito, no entanto, ressalta que é uma iniciativa tardia, que deveria ter sido feita no ano passado, quando foi revisado o Plano Diretor, inclusive no Fórum SP 23, promovido pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP junto com outras instituições.

Os próximos passos, segundo o professor, são finalizar o processo de transferência da área para a Prefeitura, o que pode ser feito através de uma desapropriação amigável, ou seja, se o grupo Silvio Santos e a Prefeitura entrarem em acordo num valor em torno de R$ 50 milhões, ou por meio de uma desapropriação judicial, em que o valor passa a ser definido pela Justiça. Como diz Bonduki, essa transferência pode ser feita através da doação da área com transferência do potencial construtivo. “Encerrado esse processo, deve-se criar um conselho gestor do parque, uma forma de participação da sociedade na gestão, que inclusive é instituída por uma lei de minha autoria, que permite então que a sociedade participe da gestão dos parques da cidade”, ressalta.

Outra proposta, que já está bastante consolidada, é a vocação cultural que o Parque do Rio Bixiga tem. Esse parque vai se transformar em uma espécie de extensão do Teatro Oficina, no entanto, Bonduki vê uma possibilidade muito maior ao se criar um corredor cultural entre o teatro oficina, a futura unidade do Sesc, ainda a ser instalada, o Centro de Preservação Cultural da USP (Casa de Dona Yayá) e o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), uma instituição muito importante da cidade de São Paulo, que vai ser reabilitado, ou seja, temos aí um grande potencial para transformar essa região com grande potencial cultural.

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