A Poesia Concreta tem seu marco em 1952, com a publicação da revista Noigrandes pelos poetas Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari. Em 1956, a Exposição Nacional de Arte Concreta dá sentido de fundação ao Concretismo como movimento artístico no Brasil. Por sua maneira de subverter o modo de leitura convencional, a Poesia Concreta dialoga intimamente com as artes visuais, os objetos industriais, a música, entre outras formas de produção.
Nesse programa, Luísa Campelo de Freitas apresenta músicos e músicas que tomaram como referência a Poesia Concreta. Caetano Veloso, que foi apresentado ao grupo de Noigrandes por Décio Pignatari, é um dos músicos que produziu parte de sua obra dialogando com esse movimento de vanguarda. Não à toa, o Movimento Tropicalista teve grande vinculação à proposta concretista.
Outros artistas como Walter Franco, Os Mutantes e Arnaldo Antunes, assim como os eruditos Willy Corrêa de Oliveira e Gilberto Mendes, também aparecem no programa.
Luísa Campelo de Freitas também trouxe uma entrevista com o baixista Gilberto Assis que, junto com a pianista Ana Fridman, gravou o recente CD O que há de concreto na canção?, no qual eles traduzem para a forma canção vários poemas concretistas, como os de Antonio Risério e de Paulo Leminski.
Créditos do programa
Direção, Curadoria e Edição: Luísa Campelo de Freitas
Orientação: Ivan Vilela
USP Especiais
O USP Especiais vai ao ar pela Rádio USP sempre às quartas-feiras, às 21 horas, com reapresentação no sábado, às 20 horas. A rádio pode ser ouvida via internet, no endereço www.jornal.usp.br/radio.