O Revoredo desta semana apresenta o trabalho dos violeiros Chico Lobo, Almir Sater Fernando Deghi e Ivan Vilela. Violeiro e compositor, Chico Lobo é natural de São João Del Rei, em Minas Gerais, e toca viola desde os 14 anos. Em 2021, foi premiado no Prêmio Profissionais da Música (PPM) na categoria Melhor Artista Raiz Regional e com a Medalha de Honra da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pela sua relevante atuação na cultura e sociedade. É considerado um dos mais ativos e efetivos violeiros no processo de popularização da tradição musical do cenário brasileiro.
Almir Sater é violeiro, cantor, compositor, ator e instrumentista com influências das culturas fronteiriças do Mato Grosso do Sul, estado em que nasceu, como a música paraguaia e andina, ao mesmo tempo reflete traços populares e eruditos em suas obras. Com mais de 30 anos de carreira, Sater se tornou um dos responsáveis pela preservação da viola caipira.
O violeiro paulista Fernando Deghi ainda na infância, quando se mudou com a família para Maringá, no Paraná, encontrou nos terreiros de café influências para começar a tocar viola e violão. Deghi desenvolve seu trabalho em torno da divulgação da viola caipira e nas suas composições explora as diversidades do instrumento, sobretudo os termos em afinação.
Ivan Vilela, violeiro e professor do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, natural de Itajubá, em Minas Gerais, já foi agraciado com outras honrarias, como o Prêmio Ibac de Cultura Brasileira (2009), pela inserção da viola brasileira no ensino universitário, a Medalha Carlos Gomes, da Secretaria de Cultura de Campinas (2002), o Prêmio Sharp e o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). Foi o idealizador da Orquestra Filarmônica de Violas, criado em 2001, em Campinas, que tem como proposta pioneira aplicar arranjos orquestrados para um grupo instrumental formado somente por violas caipiras. Vilela também é o idealizador da ONG Núcleo da Cultura Caipira e pioneiro na criação do Bacharelado em Viola Caipira, no campus da USP de Ribeirão Preto, abordando a história do instrumento desde sua chegada ao Brasil, no século 16, até os dias atuais, e todos os seus usos, do mais popular ao mais erudito.
Neste episódio, são apresentadas as músicas: Alma caipira; Terra firme; Água boa; Fogo vivo; Vento vasto; Fronteira; Europa; Mazurca choro; Encontro das águas; Hojas Al Viento; Pra matar a saudade de Minas; Armorial e Paisagens.
Ficha Técnica: Produção e apresentação: Maestro José Gustavo Julião de Camargo Coprodução e edição: Rádio USP Ribeirão Preto