Newsletter Sonora #20: A arte de Luiz Millan e os ataques nas escolas brasileiras

                O programa De Papo Pro Ar trouxe entrevista com o cantor e compositor paulistano Luiz Millan, que

 22/02/2024 - Publicado há 2 meses
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Luiz Millan -Foto: Reprodução/Site Oficial -Priscila Prade – Escola – Foto: Freepick

 

 

 

 

 

 

 

 

O programa De Papo Pro Ar trouxe entrevista com o cantor e compositor paulistano Luiz Millan, que lançou o CD Brazilian Match, reunindo músicos que integraram as bandas de Miles Davies, Sting, Paul MacCartney e John Lennon, entre outras. O disco marca a estreia de Millan com o selo da gravadora americana Jazz Station Records (JSR) e reúne artistas brasileiros e estrangeiros com o objetivo de globalizar a música brasileira. Millan é também médico psiquiatra formado pela USP. Na entrevista, Millan destaca que ambas as paixões – a medicina e a música – se fundem e cooperam entre si. Para ele, a música o ajuda a desenvolver sua sensibilidade como psiquiatra e a psiquiatria o auxilia na compreensão da alma humana para desenvolvimento de letras das músicas.

Violência nas escolas fez 49 vítimas fatais de 2002 a 2023

Entre 2002 e 2023, o Brasil registrou 36 ataques a escolas, que resultaram em 164 vítimas, 49 delas fatais. Esses dados constam no relatório Ataque às Escolas no Brasil: Análise do Fenômeno e Recomendações para a Ação Governamental, realizado pelo Ministério da Educação. “Esse relatório consolida o fato de que o extremismo mobiliza os ataques”, destaca o professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da USP, em entrevista à Rádio USP. “Não se trata de violência nas escolas apenas, mas de violência contra as escolas, que tem um vínculo orgânico retroalimentado pela violência nas escolas e a violência da escola.”

Boom imobiliário afeta qualidade de vida na cidade de São Paulo

A cidade de São Paulo vive um boom imobiliário, incentivado pelo Plano Diretor aprovado em 2014, que permitiu a construção de prédios próximos às estações de Metrô e transporte de alta capacidade. A ideia inicial era que, nesses lugares, fossem construídas moradias populares, sem garagem, para usuários de transporte coletivo. Mas mudanças na legislação levaram a resultados diferentes. “O que surgiu foram alguns tipos de produtos, do tipo estúdio, para aluguel temporário, tipologias de uso do espaço que não necessariamente são moradia permanente, além de edifícios de renda alta, com muitas garagens”, disse à Rádio USP a professora Raquel Rolnik, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. Já o professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP, comentou os efeitos desse boom imobiliário na saúde da população: “O crescimento desordenado das habitações não tem levado ao adensamento populacional, mas sim a um incentivo ao transporte individual, que torna a cidade menos inclusiva, deslocando as pessoas de menor renda do seu trabalho. Isso tem como consequências alterações da ilha de calor urbana, ou seja, o adensamento de prédios. Tem feito as pessoas perderem tempo das suas vidas em congestionamentos intermináveis e expõe a população de baixa renda a níveis muito elevados de poluição, porque elas permanecem presas no tráfego durante muito mais tempo.”

Doença inflamatória intestinal cresce no mundo

Nos últimos 30 anos, a ocorrência da doença inflamatória intestinal, conhecida pela sigla DII, aumentou em 50%, afetando atualmente cerca de 5 milhões de pessoas no mundo todo. Relacionados à doença de Crohn, os sintomas da DII são banalizados, e isso também dificulta o tratamento. É o que afirma, em entrevista à Rádio USP, o médico Alexandre de Sousa Carlos, do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. “A característica dessa doença é a reação exagerada do organismo”, conta o médico. “É uma cascata inflamatória imensa, com várias etapas. Eis a grande dificuldade no tratamento: saber qual é a principal cascata que está afetando aquele paciente.” Segundo Carlos, as formas de tratamento da doença incluem terapia gênica, que investiga os genes ligados ao problema, e transplante fecal, a fim de reequilibrar a flora intestinal do paciente. “Numa pessoa saudável, quanto mais diversificada for a flora intestinal, melhor. E nós observamos nos pacientes que a diversidade está diminuída ou tem menos bactérias do que o habitual.”


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