Newsletter sonora #10: A Cracolândia e algoritmo para o transporte de órgãos

A Cracolândia e transplante de órgãos – Fotos: Rovena Rosa/Agência Brasil e brgfx/Freepik A Cracolândia precisa receber uma atenção mais humanizada do poder público, através

 06/09/2023 - Publicado há 9 meses


A Cracolândia e transplante de órgãos – Fotos: Rovena Rosa/Agência Brasil e brgfx/Freepik

A Cracolândia precisa receber uma atenção mais humanizada do poder público, através de políticas públicas em diferentes áreas – entre elas a habitação, uma vez que o acesso à moradia é um dos mais eficazes fatores para a reintegração à comunidade dos frequentadores daquela região, instalada no centro da capital paulista. Foi o que afirmou o psicólogo Thiago Calil, doutor em Saúde Pública pela USP, à Rádio USP. Ele chama a atenção para a necessidade de conhecer a história de vida das pessoas que se encontram na Cracolândia. “São diversas trajetórias de vida, com sentimentos, alegrias, tristezas e esperanças e que, por diferentes motivos, chegaram na rua.”

Algoritmo busca melhorar a logística do transporte de órgãos para transplante

A Escola Politécnica e o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo, criaram algoritmos matemáticos que, inseridos num aplicativo, podem ajudar médicos a prever possíveis adversidades no transporte de órgãos para transplante – e com isso reduzir o tempo de captação e entrega desses órgãos, o que é crucial para o aproveitamento deles. “A ideia é colocar todas as etapas do transplante dentro da mesma plataforma de tomada de decisão”, explicou à Rádio USP o professor Daniel Mota, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP. “Por exemplo, quais são as alternativas de transporte entre o ponto A e o ponto B? Você pode avaliar
desde um ônibus de carreira, que pode ser a alternativa mais rápida em alguns casos, até um helicóptero, que pode ser acionado por alguma agência, ou algum avião da Força Aérea.”

Professora explica diferença entre fome e insegurança alimentar

Fome é a privação crônica de alimentos. Já a insegurança alimentar é a redução da quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos, assim como a falta deles por um ou mais dias. Essa explicação foi dada pela professora Dirce Marchioni, da Faculdade de Saúde Pública da USP, em entrevista à Rádio USP. “Nesse sentido, a fome e a insegurança alimentar grave se confundem e dizem a mesma coisa: a privação de alimentos que ocorre como uma perversa rotina”, disse a professora. Para ela, é uma contradição que o Brasil, que se define como um “celeiro do mundo”, tenha milhões de pessoas sofrendo fome e insegurança alimentar.


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