Toma posse a primeira diretora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

Margaret de Castro e Rui Alberto Ferriani tomaram posse, no dia 15 de julho, como a nova diretora e o novo vice-diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).

 15/07/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 29/08/2017 às 14:37
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Fontes alternativas de financiamento, flexibilização curricular e mestrado profissional são algumas das principais metas da nova gestão

Margaret de Castro e Rui Alberto Ferriani tomaram posse hoje, dia 15 de julho, como a nova diretora e o novo vice-diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). A cerimônia foi realizada no Centro de Convenções de Ribeirão Preto e contou com a presença de muitos dirigentes da Universidade, autoridades locais, docentes, servidores e estudantes.

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“Uma mulher chegar à Diretoria de uma Faculdade de Medicina da USP é, sem duvida, mais do que justo. Todas nós merecemos. Espero que, um dia, essa questão de gênero não seja tão importante, que seja absolutamente natural”, afirmou a nova diretora

O ex-vice-diretor Helio Cesar Salgado abriu a cerimônia parabenizando e desejando sucesso aos novos dirigentes. Em seguida, o novo vice-diretor, Rui Alberto Ferriani, falou sobre a trajetória da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e da importância de seu primeiro diretor, Zeferino Vaz, “um homem visionário, sensível às necessidades de uma sociedade que começava a delinear o tipo de serviço de saúde que gostaria de receber, e que veio determinado a criar uma Escola Médica de destaque e não apenas mais uma escola médica”.

Em seu discurso de posse, Margaret de Castro reafirmou a necessidade de criar condições para a flexibilização do currículo, redução das cargas horárias de disciplinas e racionalização dos conteúdos. “Os focos principais de nossa atenção quanto à Graduação serão a implementação do Plano Permanente de Desenvolvimento e Capacitação Docente e o fortalecimento e ampliação do Centro de Avaliação de Ensino de Graduação, com a criação de estrutura permanente de avaliação de disciplinas e dos estudantes”, afirmou a nova diretora.

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O reitor Marco Antonio Zago (esquerda), a diretora Margaret de Castro e o vice-diretor Rui Alberto Ferriani

Outro tópico de destaque em seu discurso foi o da criação de um Centro de Captação de Recursos que terá o objetivo de buscar alternativas de financiamento externo, junto à sociedade civil, para financiar projetos institucionais e, com outras medidas, aumentar as oportunidades e o fortalecimento da pesquisa.

A nova diretora também falou da necessidade de estimular a Pós-Graduação e a Pesquisa – dois pilares de prestígio para a Faculdade -, sobre a internacionalização, a importância da implantação do mestrado profissional e as atividades de extensão.

“Entendo que o dirigente acadêmico desempenha múltiplos papéis e um dos mais importantes é o de mediador. Conflitos são naturais em instituições complexas como as acadêmicas, e a busca de melhores formas de resolvê-los é dever dos seus dirigentes. Teremos de enfrentar vários óbices, mas cuidaremos para que eles não venham pôr em risco os valores éticos e científicos que fizeram da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto esse modelo de instituição acadêmica, de grande tradição e de marcada contribuição histórica à educação superior do nosso país. Trabalharemos pela nossa escola com fidelidade aos seus princípios e, dessa forma, esperamos contribuir para a sua autonomia e dignidade. Para isso, convocamos a todos, estudantes, servidores e docentes para, juntos, respondermos aos desafios que se nos apresentam”, declarou a diretora.

Responsabilidade de formar profissionais e cidadãos

O reitor Marco Antonio Zago afirmou estar muito honrado em presidir uma cerimônia de posse de sua faculdade de origem. “Aqui eu ingressei em 1965 e, além de medicina, eu aprendi o que é uma Universidade, quais são os princípios que presidem a investigação científica e quais são nossas responsabilidades com relação ao ensino”, disse.

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Zago reforçou a responsabilidade da Universidade de formar profissionais, gestores e políticos que sejam cidadãos comprometidos com a ética e com o bem comum

Zago lembrou que, como todas as Unidades da USP, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto tem que ter a consciência de seu papel como educadora. “Esta faculdade sempre se orgulhou de formar profissionais de excelência técnica e não poderia ser diferente, considerando a qualidade de seu corpo docente, qualidade dos seus alunos e de seus técnicos e pessoal administrativo, mas temos obrigações adicionais em relação aos nossos alunos. A ênfase na postura ética, no respeito à diversidade de ideias, na responsabilidade para a construção de uma sociedade mais justa e humana, deve perpassar toda a vida acadêmica, estendendo-se para além da sala de aula. Formar profissionais, gestores e políticos que sejam cidadãos comprometidos com a ética e com o bem comum é uma tarefa muito mais difícil e complexa do que graduar estudantes que serão bem sucedidos nos exames profissionais ou concursos”, defendeu o dirigente.

O reitor também celebrou o fato de o cargo de diretor da FMRP ser ocupado, pela primeira vez, por uma mulher. Segundo ele, “esse é mais um indicador do progresso que a Universidade faz para garantir a igualdade de gênero dentro de seus muros, embora reconheçamos que ainda resta muito a ser feito. É diretriz de toda a Administração da USP e de suas Unidades a tolerância zero para com abusos contra as mulheres e contra a diversidade de gênero e étnica”.

(Fotos: Gabriel Soares / Serviço de Comunicação Social do Campus Ribeirão Preto)


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