Seminário discute relações étnico-raciais no universo da pós-graduação

Por Laura Pereira Lima*

Evento do Instituto de Psicologia da USP convida alunos para compartilhar experiências com ações afirmativas e produções acadêmicas que se dediquem à inclusão étnico-racial – Foto: Freepik

Nos dias 13 e 14 de setembro, o coletivo de discentes da pós-graduação do Instituto de Psicologia (IP) da USP promove o 1º Seminário de Pós-Graduação do IP, que discutirá ações afirmativas e relações étnico-raciais no meio acadêmico. O evento é presencial e recebe inscrições até 31 de agosto, pelo e-mail sdiscenteip@gmail.com.

De acordo com a organização do evento, a ideia é que os trabalhos e a atuação de estudantes e pesquisadores do IP se tornem conhecidos pelos demais pós-graduandos, integrando seus temas de estudo à luta por ações afirmativas mais efetivas na pós-graduação. Para apresentar os trabalhos no evento, é necessário submeter um resumo do trabalho neste link.

Além das apresentações feitas por pós-graduandos, o evento contará com a presença de palestrantes, como a professora Lia Vainer Schucman, uma das grandes pensadoras atuais sobre o tema da branquitude – perspectiva do privilégio de uma identidade racial branca em sociedades fundamentadas no racismo. Lia deve discutir a relação entre branquitude e epistemicídio, que é o apagamento intencional de uma cultura como forma de dominação.

As mesas acontecerão no período da tarde e as inscrições para ouvintes podem ser realizadas até o dia do evento.

“Apesar de nosso interesse principal ser agregar os discentes do Instituto de Psicologia, o tema abrange questões que extrapolam a área psicológica, alcançando as questões socio-históricas que envolvem a pós-graduação na USP e no IP”, conta a pós-graduanda Luana Gonsaga, uma das organizadoras do evento. Formanda em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luana explica que o coletivo pretende tornar os seminários discentes eventos cada vez mais frequentes no IP, promovendo encontros, discussões e socialização das pesquisas.

“Tanto o conteúdo quanto o processo de produção são interessantes, bem como pessoas que vivem as ações afirmativas na pele e querem contar como tem sido a experiência. Também pessoas que buscam epistemologias não hegemônicas para suas pesquisas são muito bem-vindas para apresentarem seus trabalhos”, destaca.