Em 2024, foi previsto um orçamento de R$ 111,8 bilhões para a cidade de São Paulo, equiparado ao de muitos Estados brasileiros. Porém, essa riqueza contrasta com as desigualdades encontradas em seus distritos. De acordo com o Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos (LabHab) da USP, em Itaim Bibi, a expectativa de vida é 23 anos maior do que em Anhanguera. Além disso, distritos como Vila Andrade, Brasilândia e Sacomã têm uma proporção significativa de domicílios considerados moradia precária, enquanto locais como Perdizes, Jardim Paulista e Moema têm uma proporção próxima de zero.
De que maneira o planejamento público pode intervir para reduzir essas discrepâncias? A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP promove, na próxima segunda-feira (6), às 19 horas, uma mesa com especialistas discutindo a complexidade das questões socioeconômicas na cidade mais rica do País. O evento reunirá sociedade civil, academia e poder público para pensar o potencial do orçamento público na compreensão das desigualdades do município de São Paulo.
Luciana Royer, coordenadora do LabHab e professora da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Desing (FAU) da USP, é uma das convidadas e falará sobre planejamento urbano. Na ocasião, também ocorrerá o lançamento do livreto A Regionalização do Orçamento Público no Município de São Paulo: Relevância para a Compreensão de Desigualdades, que será disponibilizado gratuitamente aos presentes.
Laboratório de Habitação
A publicação é uma das produções do LabHab, que tem como enfoque o tema da produção habitacional de interesse social e as demandas urbanas no contexto da histórica desigualdade social e territorial brasileira. Neste ano, o laboratório lançou ainda o Desenvolvimento Urbano Sustentável: Produção e Qualificação do Ambiente Construído no Brasil – disponível no Portal de Livros Abertos da USP. O livro traz um conjunto de reflexões sobre a produção e qualificação do ambiente construído no País, buscando aprofundar o debate sobre sustentabilidade no desenvolvimento urbano.
O conteúdo da publicação aborda distintas escalas e dimensões que envolvem a política habitacional brasileira na segunda década do século 21, atravessando diferentes etapas de sua formulação, implementação e avaliação. Composto por dez capítulos, o volume apresenta propostas para enfrentamento de passivos ambientais e para a implementação de políticas públicas habitacionais.
Serviço: Planejamento Público: Dimensões, Instrumentos e Relevância para Compreensão de Desigualdades Data: 6/5/2024 Horário: 19h Local: Auditório Vermelho da EACH Endereço: Av. Arlindo Béttio, 1.000 – Ermelino Matarazzo, São Paulo
* Com informações do LabHab e da FAU