Encontro traz luz à imigração palestina na América e sua especial relação com o Chile

Evento na USP reúne professores para debater implicações históricas e sociais da chegada de palestinos na América Latina após a criação do Estado de Israel

 01/03/2024 - Publicado há 2 meses
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Refugiados palestinos em protesto na frente do Itamaraty e do Ministério da Justiça. Imigração palestina é tema de debate na USP – Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

 

No dia 7 de março, o Centro de Estudos de Demografia História da América Latina (Cedhal) da USP promoverá um colóquio com o tema A imigração palestina para a América Latina. O evento acontecerá das 14h30 às 16h30, com mediação do historiador Horacio Gutiérrez. Os palestrantes são Rodrigo Karmy Bolton, da Universidade do Chile, e Arlene Clemesha, professora especialista em História Arábe na USP. 

Cartaz “A imigração palestina para a América Latina” – Imagem: Divulgação/FFLCH-USP

O evento acontecerá de forma on-line, com transmissão ao vivo no Youtube. Para participar, não é necessário inscrição prévia. 

No encontro, os especialistas pretendem traçar um panorama histórico a fim de conhecer a imigração palestina para a América Latina desde a década de 1940, quando foi criado o Estado de Israel, até os dias atuais. A palestra abordará as causas, implicações familiares, sociais e políticas, além da inserção dos descendentes nos países da região. Nesse aspecto, Horacio Gutiérrez pontua que “o Chile tem, aparentemente, um papel especial, a história e a memória, a acolhida e os preconceitos. Trata-se de uma imigração relativamente invisibilizada até pouco tempo atrás”. Estima-se que o Chile abrigue a maior comunidade palestina do mundo fora do Oriente Médio, com números que podem variar de 350 a 500 mil “chilestinos” – palestinos vivendo no País desde a Guerra da Crimeia, no final do século 19.  

Mobilização universitária

De acordo com a Organização das Nações Unidas, mais de 100 mil pessoas foram mortas ou feridas na Faixa de Gaza. Na última quinta-feira (29), mais de cem palestinos foram mortos enquanto esperavam por ajuda humanitária, após um ataque aéreo das forças de defesa de Israel.  

Prezando pelo fim do conflito, que teve início em outubro de 2023, a Congregação da FFLCH lançou uma nota, disponível neste link, em “repúdio ao massacre em curso na Faixa de Gaza”. 

* Estagiária sob orientação de Antonio Carlos Quinto e Tabita Said


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