A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP lançou na última sexta-feira, 15 de dezembro, a pedra fundamental do Edifício do Ciclo Básico. Com valor global estimado em quase R$ 150 milhões, o novo prédio está previsto para ficar pronto até maio de 2025.
O local, que terá cerca de 24 mil metros quadrados, vai abrigar cinco departamentos – Genética; Farmacologia; Fisiologia; Biologia Celular e Molecular e Bioagentes Patogênicos; Bioquímica e Imunologia – em um trabalho integrado e com facilidades partilhadas, propiciando uma eficácia maior em pesquisa básica. O edifício contará com quatro blocos interligados, além de um biotério moderno e espaços didáticos e de bem-estar.
Durante a apresentação, o diretor da FMRP, Rui Alberto Ferriani, apontou que o projeto existe há cerca de dez anos e que já estava aprovado quando precisou ser suspenso devido à crise econômica enfrentada na época. “Felizmente, hoje, com a atual gestão reitoral, a Universidade se recuperou e deu andamento ao plano”, destacou.
Com a criação do novo espaço, que teve as obras iniciadas em novembro deste ano, a ideia é que o Prédio Central da FMRP concentre as atividades administrativas e culturais, conforme adiantado por Ferriani durante o encontro. “É um momento muito importante para a faculdade. A construção deste prédio representa uma mudança de paradigma da nossa Unidade, pois vamos concentrar e otimizar as ações de pesquisas no novo local e as atividades administrativas e culturais no atual prédio básico.”
Em seu discurso, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, lembrou que, no início da gestão, foi questionado se comprometeria a dar andamento ao projeto. “Eu disse que não podia prometer, mas que não mediria esforços para atender a este pedido, porque entendia a necessidade. Agora, finalmente, estamos dando início neste novo ciclo para a FMRP e me sinto honrado em fazer parte deste momento.”
Para o reitor, este novo prédio significa um aperfeiçoamento das atividades de pesquisa da unidade. “Não podemos apenas projetar um edifício como esse e manter o mesmo funcionamento. Nossas atividades científicas tiveram destaques, nossos pesquisadores fizeram história e elevaram os patamares da FMRP e da USP para níveis de excelência, mas agora precisamos de novas metodologias e novos comportamentos profissionais para atingirmos voos ainda maiores nos próximos anos”, complementou.
Parcerias nacionais e internacionais
O novo espaço, que ficará localizado ao lado do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, terá, ainda, um prédio anexo onde ficará alojada uma equipe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que trabalhará em parceria com a USP em futuras pesquisas.
Outra parceria que estará abrigada no novo edifício é com o Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), da França. O projeto, que começará a funcionar já em fevereiro de 2024, prevê o intercâmbio entre pesquisadores brasileiros e franceses, em estudos e pesquisas na área de Imunologia.
No local da pedra fundamental foi enterrada uma cápsula do tempo, com documentos, fotos e itens que remetem ao ano de 2023. A caixa com os objetos será aberta 50 anos depois da inauguração.
Texto de Robert Siqueira, da Assessoria de Comunicação da FMRP