História e intervenções urbanas do Largo da Banana são tema de curso gratuito

Participantes poderão conhecer pesquisa sobre relações raciais e história urbana de local na Barra Funda, em São Paulo

 Publicado: 12/07/2024
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O Centro MariAntonia da USP realiza a partir de 6 de agosto o curso gratuito Largo da Banana: Samba, Urbanização e Relações Raciais em São Paulo. Ministrado pela arquiteta e urbanista Renata Monteiro Siqueira, é dividido em quatro encontros presenciais, sempre às terças-feiras, das 17 às 19 horas. Com 150 vagas, as inscrições on-line no sistema Apolo da USP são realizadas pelo link https://e.usp.br/qpq até 26 de julho.

O curso pretende apresentar a história do Largo da Banana, na Barra Funda, e das intervenções urbanas que incidiram naquela área ao longo do século 20, bem como o processo de pactuação do local como “berço” do samba nas décadas de 1970-1980. A profissional explica que o curso buscará “desenvolver uma reflexão crítica sobre o conceito de ‘território negro’, tal qual proposto pela arquiteta e urbanista Raquel Rolnik nos anos 1980, e discutir arquivos, métodos e perspectivas para a pesquisa sobre relações raciais e história urbana”.

Os alunos que tiverem pelo menos 75% de frequência receberão certificado de participação.

Programação

6 de agosto
Barra Funda, início do século XX: trabalho, lazer e ativismo negro (décadas 1900-1930)
Análise do cotidiano de trabalho, lazer e ativismo negro na Barra Funda, e exploração das interrelações entre a emergência dos primeiros cordões carnavalescos do bairro e da imprensa negra paulista.

13 de agosto
Urbanização e relações raciais: a história da avenida Pacaembu e a emergência do Largo da Banana (décadas 1920-1960)
Análise das relações entre a emergência do Largo da Banana no discurso público nos anos 1950, representado através de uma gramática racializada, os planos, projetos urbanísticos e as obras executadas naquela região.

20 de agosto
O nascimento do “berço” (desaparecido) do samba (décadas 1970-1980)
Aula dedicada à pactuação do Largo da Banana como “berço” do samba a partir dos anos 1970. Por meio de um tratamento crítico da Coleção Carnaval Paulistano do MIS-SP (1976-1982), capítulo fundamental das negociações dos símbolos e da identidade do samba de São Paulo, o objetivo é lançar luz sobre a heterogeneidade de narrativas sobre o Largo da Banana disputadas pelos sambistas naquele momento.

27 de agosto
Largo da Banana, território negro? Uma reflexão crítica sobre o conceito
A síntese dos conteúdos das aulas anteriores será confrontada com um debate crítico acerca do conceito de território negro, proposto por Raquel Rolnik, em 1989, a fim de descortinar os fundamentos do conceito e suas implicações analíticas.

Quem é Renata Monteiro Siqueira
Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, na área de História e Fundamentos Sociais da Arquitetura e do Urbanista, cuja tese, O viaduto e o samba: o Largo da Banana, urbanização e relações raciais em São Paulo foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Recentemente concluiu um pós-doutorado no Lemann Center For Brazilian Studies, na Universidade de Illinois.

Serviço

Curso Largo da Banana: Samba, Urbanização e Relações Raciais em São Paulo, com Renata Monteiro Siqueira

Onde  |  Centro MariAntonia da USP – Rua Maria Antônia, 294, Vila Buarque – São Paulo

Quando | De 6 a 27 de agosto de 2024, terças-feiras, das 17 às 19 horas

Quanto | Gratuito

Vagas | 150 vagas presenciais com certificado

Inscrições | Sistema Apolo https://e.usp.br/qpq (caso o número de participantes ultrapasse o número de vagas haverá sorteio)


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