Um dos expoentes do chamado novo jornalismo, Tom Wolfe faleceu na semana passada, aos 87 anos. Em sua coluna semanal para a Rádio USP, o professor Carlos Eduardo Lins da Silva lamenta a morte daquele que considera uma figura muito importante na história do jornalismo – e não só por causa da qualidade dos textos que produziu. Wolfe, segundo o colunista, tinha uma carga simbólica muito grande, seja por sua maneira de vestir, seja por suas ideias, o que o levava a estar sempre presente nos veículos de comunicação. Ele simbolizou, como poucos, o novo jornalismo, movimento que se valia de técnicas literárias para dar o seu recado.
Lins da Silva avalia que o novo jornalismo tem cada vez menos espaço no jornalismo contemporâneo. “Do ponto de vista dos veículos tradicionais, o novo jornalismo dificilmente ressuscitará ou retomará o vigor”. Sua continuidade só pode se dar por meio das novas mídias, entende ele.