A Sociedade de Pediatria de São Paulo lança, no próximo dia 2, uma campanha permanente de prevenção e combate ao álcool e às drogas na infância e adolescência. Batizada de “Julho Branco”, a campanha tem como slogan a frase Com consciência, sem drogas.
Estudo piloto realizado no Hospital Universitário da USP, entre os pacientes, dá bem uma ideia da situação: 43,5% são usuários do álcool; 34,5% fazem uso do tabaco; a maconha tem a preferência de 27,5%; enquanto o crack é a opção de 11,5% dos participantes dessa pesquisa.
O pediatra João Paulo Lotufo, coordenador do Grupo de Trabalho de Combate ao Uso de Drogas por Crianças e Adolescentes da Sociedade de Pediatria de São Paulo, admite que o problema é grave e culpa a permissividade na educação pela atual situação. “A experimentação de drogas”, diz, “está sendo muito precoce, o que aumenta as chances de dependência”.
De acordo com o médico, o uso do álcool, assim como o de outras drogas, tem, muitas vezes, seu início dentro de casa, e não fora. Para piorar o quadro, as empresas de bebidas não têm qualquer escrúpulo em estimular o jovem a beber cada vez mais, por meio da propaganda, seja em que horário for.
Lotufo não tem dúvidas em afirmar que “o único fator que diminui a experimentação da droga e do álcool é a discussão do assunto em casa”.
Ele falou à jornalista Marcia Avanza, nesta entrevista que você acompanha a seguir.
.
.