Rede Colaborativa USP contribui com diagnósticos e leitos para covid-19

Roger Chammas explica que a iniciativa contribui com as autoridades sanitárias no combate adequado ao coronavírus e evita sobrecarga do sistema de saúde

 30/03/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 08/05/2020 as 18:18

Os sintomas da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, são parecidos com os de uma gripe ou resfriado, mas podem evoluir rapidamente, causando danos mais graves à saúde. Por isso, o diagnóstico preciso do problema é necessário, para que o tratamento seja feito da forma adequada. Pensando nisso, foi criada a Rede Colaborativa USP para contribuir com diagnósticos da doença. Além disso, foram mobilizados laboratórios de 17 unidades da Universidade, com leitos hospitalares para UTI, equipamentos e recursos humanos para auxiliar na detecção do vírus.

Jornal da USP no Ar conversou sobre o assunto com o professor Roger Chammas, titular da disciplina de Oncologia, coordenador da rede e vice-diretor da Faculdade de Medicina (FMUSP). Ele conta que a mobilização para criar a rede se iniciou há algumas semanas, buscando colaborar com as autoridades sanitárias no combate adequado ao coronavírus. “De meados de março para cá, conseguimos organizar os laboratórios em cinco núcleos, um no Hospital das Clínicas (HC) da USP, um no campus Pinheiros, onde fica a FMUSP, um no campus Ribeirão Preto, um na Faculdade de Odontologia de Bauru e, por fim, um no campus de Pirassununga. Essas unidades receberão o material para fazer o diagnóstico dos pacientes internados e fornecerão recursos humanos no combate da doença”, explica o especialista.

Nas unidades da Rede, Chammas conta que o foco é o diagnóstico, pois “assim podemos diminuir a intensidade da subida de casos e preparar o sistema de saúde. A partir de hoje, o HC dedicará vários leitos para atenção a pacientes da covid-19. Quanto mais conseguirmos adiar o início do pico da doença, conseguiremos que os sistemas se organizem, e isso só pode ser feito com o isolamento físico e quarentena dos infectados”. Ele ressalta que é importante que as instituições sigam as diretrizes únicas do Ministério da Saúde, que recomendam o distanciamento social neste momento, porque essas decisões são embasadas por conhecimento científico, e, assim, “estaremos prevenindo uma catástrofe”.

Saiba mais ouvindo a entrevista na íntegra.


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