Recém chegado da sua primeira viagem ao Japão, o professor Guilherme Wisnik traz suas impressões sobre a cidade de Tóquio e como a noção de espaço público se faz presente entre a população local.
Wisnik aponta que o sentimento de andar nas ruas japonesas é o de que a cidade é inteiramente pública a todo momento — uma realidade quase oposta à brasileira. “Nosso conceito de espaço público é por oposição ao privado, e essa dicotomia é claramente ocidental. Para eles não funciona assim”, diz o colunista.
No país em que as pessoas não atendem o telefone dentro do transporte público como sinal de respeito, o professor lembra que as relações que os cidadãos cultivam com a cidade também se refletem na convivência social. Isso traz um lado mais formal e distante por parte dos japoneses que, considerando a visão dos brasileiros, pode ser sinal de menos afetividade.
Para saber a opinião do colunista na íntegra, ouça o áudio acima.