Na coluna Fique de Olho desta semana, o professor Eduardo Rocha fala sobre as iniciativas que existem para “traduzir” para deficientes visuais obras de arte de artistas plásticos como, por exemplo, Cândido Portinari. “Poderíamos discutir se a inspiração do artista plástico veio apenas da beleza visual que as imagens provocaram neles e a necessidade de reproduzi-las, imortalizá-las, ou se outros sentidos, como visão, olfato, audição ou paladar também foram estímulos para que a obra de arte fosse produzida.”
Segundo Rocha, o Museu do Vaticano reúne esforços, inclusive financeiros, para traduzir as pinturas seculares de seu acervo para que sejam interpretadas pelos deficientes visuais através dos demais sentidos.
Já em Ribeirão Preto, na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, uma mostra batizada de Todos os Sentidos permite ao visitante sentir reproduções das obras de Cândido Portinari. Para o professor, além de interpretar as obras, o deficiente visual vai ter condições de entender os estímulos que talvez tenham levado o artista a produzir determinada obra.
Ouça acima, na íntegra, a coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha.