Cuidados com prevenção do câncer de pele devem ser redobrados no verão

O dermatologista Caio Lamunier de Abreu Camargo, do Instituto do Câncer de São Paulo, ligado ao HC, explica como identificar as lesões o mais cedo possível e dá dicas de como escolher o protetor solar mais adequado

 18/01/2021 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 20/01/2021 às 17:34
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Mais de 180 mil novos casos da doença são registrados anualmente no Brasil -Foto: Prefeitura de Belo Horizonte/Flickr-CC

Com o verão chegando, os cuidados com a exposição ao Sol devem ser redobrados. Uma das doenças mais letais que podem ser adquiridas com o contato em excesso com os raios solares é o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 180 mil novos casos de câncer de pele são registrados anualmente.

O dermatologista Caio Lamunier de Abreu Camargo, responsável pelo tratamento do câncer de pele no Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp), que é coligado ao Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP, explica que há dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma. O melanoma é o tipo de câncer que mais aumenta no mundo inteiro e é mais letal, registrando aproximadamente 8.400 novos casos a cada ano, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Cuidados preventivos

O médico comenta que, para além dos estímulos ambientais como a exposição solar, a predisposição genética é um fator-chave para contrair o câncer de pele, assim como qualquer outro tipo de câncer. Ele destaca que a prevenção é ainda mais essencial para quem tem casos de câncer de pele na família.

Lamunier também aponta como identificar o câncer o mais cedo possível. No caso do tipo melanoma, a lesão costuma ser pigmentada e pode ser confundida com uma pinta. “Nesse caso, utiliza-se a regra do ABCDE: A de assimetria, B de bordas irregulares, C de múltiplas cores, D de diâmetro maior que 5 mm e E de evolução, ou seja, uma lesão que esteja evoluindo.” O câncer de pele não melanoma “parece uma acne, uma verruga ou ferida inflamatória”. Suspeita-se de câncer nesses casos quando a lesão não está sumindo e começa a fazer ferida. “Isso deve ser pensado em câncer de pele por mais que não pareça.”

Sobre a prevenção, o dermatologista diz que os cuidados são diferentes, dependendo do estilo de vida e fatores genéticos de cada um. Ele comenta que os cuidados para pele negra são diferentes dos para pele branca, assim como há diferenças entre quem passa por exposição crônica, que é o sol do dia a dia, e quem passa apenas por exposição aguda, que é o sol da praia que queima.

O protetor solar é uma das formas mais eficientes de prevenção contra os raios solares. Ao escolher o protetor, Lamunier explica que é essencial olhar o Fator de Proteção Solar (FPS), que mede o quanto o protetor atua contra raios ultravioleta B. “Quanto mais alto o FPS, maior a proteção.” Além disso, ele destaca a importância de escolher o tipo certo de protetor, adequado à parte do corpo em que será aplicado.

 

 

 

 


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