Crise do PSL não pode ser explicada apenas por divisão de recursos

“É um partido que tomou anabolizante”, avalia Humberto Dantas sobre o crescimento vertiginoso da sigla

 23/10/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 25/10/2019 as 8:51
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O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, está em crise. A legenda recebeu mais de 90 milhões de votos em 2018, crescendo 3.785% em relação à eleição anterior. Apesar do crescimento, o partido não parece ter desenvolvido coesão. Nas últimas semanas, os noticiários foram marcados por confrontos entre a ala bolsonarista e a bivaritas – de Luciano Bivar, fundador e presidente da sigla. O Jornal da USP no Ar conversou sobre a situação com o professor Humberto Dantas, doutor em Ciência Política pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

“É um partido que tomou anabolizante”, avalia Dantas sobre o crescimento vertiginoso do PSL. O cientista político conta que a sigla estava no rol dos “nanicos”, mas que, com a entrada de Bolsonaro às vésperas das eleições, isso muda. No entanto, o professor considera que esse fenômeno não gerou um partido, mas apenas uniu um conjunto de pessoas que não se conheciam, ligadas apenas pelo conservadorismo e o antipetismo. Ou seja, sem unidade política.

Para Dantas, a crise na legenda não é explicada somente pela divisão dos fundos Partidário e Eleitoral, que juntos somaram R$ 359 milhões em 2020. O especialista enxerga o partido como um verdadeira exército de Brancaleone, sem qualquer lógica de distribuição de recursos. Para ele, o que PSL vive é uma “guerra por poder”.

Ouça a entrevista, na íntegra, no player acima.


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