Jovens de 60 nacionalidades distintas reúnem-se anualmente na conferência Assembleia da Juventude (The Youth Assembly) para a formação de líderes diplomáticos interessados em um mundo ecologicamente equilibrado. Esta meta se estabelece com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e a agenda 2030 – metas globais até 2030 para um modo de vida benéfico ao meio ambiente. Após a suspensão do evento devido à pandemia, neste ano a delegação brasileira foi composta de 15 pessoas de diferentes partes do País.
O evento engloba painéis, discussões, mesas-redondas e workshops sobre os 17 Objetivos durante três dias, segundo Ana Isabel Seccacci Resch, aluna da Faculdade de Direito (FD) da USP e representante do Brasil na Assembleia da Juventude. De mudanças climáticas à capacitação de liderança, o aprendizado “é realmente um divisor de águas para quem se interessa pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da organização e quer atuar na diplomacia em prol deles”, explica a aluna.
A diferença no mundo
Além disso, a participação na conferência exige a vontade de fazer a diferença no mundo e a Universidade proporciona a prática desse pensamento coletivo. “Na USP, em geral, a gente tem essa consciência de devolver para a sociedade o que a gente aprende na faculdade, fazer essa contribuição”, comenta ela.
Além disso, a representante relembra um tema impactante na sua ida à assembleia, o de “não deixar ninguém para trás”. Seja por diferentes vivências ou perspectivas do mundo, a aluna reforça que as gerações mais velhas têm muito a contribuir: “A gente precisa ouvir porque temos muito a aprender com as gerações passadas e não podemos deixar ninguém para trás no processo de mudar o mundo”. Embora a tomada de decisões seja, cada vez mais, focada nos jovens, ela destaca a importância do trabalho em conjunto para um futuro melhor.
A participação do Brasil
Durante as suas conversas com representantes de múltiplas nacionalidades, Ana Isabel afirma ter concluído que “ a representatividade do Brasil nesses ambientes tem muito a crescer ainda”. Diante dessa percepção, ela diz ter determinado como sua missão pessoal levar mais brasileiros para a conferência: “A gente tem muito para mostrar para o mundo”.
Apesar de o evento ser pouco divulgado, a aluna procura ajudar quem está interessado em participar. Para isso, ela conta o diferencial sobre o processo seletivo, um formulário no site da Assembleia da Juventude: “Você tem que comprovar algum envolvimento com um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”. Algumas questões pertinentes devem ser respondidas também: “O que você está fazendo atualmente para o desenvolvimento sustentável? O que você planeja fazer após a assembleia? O que você quer aprender na assembleia?”. Desse modo, ela visa a inspirar outras jovens lideranças a construir o desenvolvimento sustentável do planeta.
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