A professora comenta nesta semana a morte de Luciano Macedo, o catador que foi baleado enquanto tentava ajudar o músico Evaldo dos Santos Rosa, alvo de 80 tiros disparados por militares do Exército, no Rio de Janeiro. A colunista critica a forma como a mídia silenciou o 81° disparo, já que o nome do catador só foi citado pela imprensa quando ele morreu uma semana após o fuzilamento.
Marília Fiorillo conta que Macedo foi operado em um hospital que não tinha um especialista em pulmão, sem o consentimento da família e em descumprimento de uma decisão judicial. Ela acredita que, se o nome dele tivesse sido divulgado antes, talvez ainda pudesse relatar os acontecimentos daquele dia.
“Luciano é Ali, Ahmed e Abdullah — nomes comuns no Iêmen, destroçados por uma guerra civil que já entra em seu quinto ano”, diz Marília. Ela finaliza, lamentando que crimes contra a humanidade sejam praticados sempre e, mesmo assim, o presidente dos Estados Unidos vetou uma emenda do Congresso Americano que convocava uma suspensão do fornecimento de armas para que sauditas assassinassem no Iêmen.
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