Na manhã da última terça-feira, dia 8, enquanto conversava com apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro permitiu que o gravassem incentivando um dos presentes a “esquecer” o PSL e o chefe do partido, o deputado Luciano Bivar – que, segundo Bolsonaro, estaria “queimado”.
Nesta edição de sua coluna, o cientista político André Singer analisa esta que foi a última polêmica do presidente, e suas possíveis causas e efeitos. Ele relembra que o primeiro ano de mandato foi marcado por muitos conflitos entre Bolsonaro e seu partido, a começar pela demissão do ex-ministro Gustavo Bebianno. Agora, para Singer, essa possível ruptura é uma tentativa do presidente de se afastar das denúncias que o PSL recebeu relativas a um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerias. No caso, o dinheiro das falsas candidaturas teria sido desviado por meio de caixa 2 para a campanha de Bolsonaro.
“É uma situação interessante. Essa tentativa dele de se afastar e se ver livre do envolvimento com essas acusações diz respeito ao fato de que ele fez toda uma campanha contra a corrupção, inteiramente baseada na ideia de que os partidos no campo da esquerda eram corruptos e ele chegaria para limpar a política brasileira”, pontua.
Ouça, no player acima, a íntegra da coluna Poder e Contrapoder. O cientista político André Singer conversou com o jornalista Gustavo Xavier.
Poder e Contrapoder
A coluna Poder e Contrapoder, com o professor André Singer, no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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