O Brasil tem alguns dados animadores para comemorar em relação ao 31 de maio passado, Dia Mundial sem Tabaco. O Índice Vigitel, que é o inquérito telefônico do Ministério da Saúde sobre o número de fumantes no País, caiu de 10,1% em 2017 para 9,3% em 2019 – é a primeira vez que se sai dos dois dígitos, o que por si só já é motivo para celebração. Mas ainda há mais: em 1989, havia 35% de fumantes no País, hoje são 12,1% de fumantes homens e 6,9% de fumantes mulheres. A idade que mais se fuma é a que vai dos 55 aos 64 anos.
Os menos escolarizados são os que mais fumam e são também os que, proporcionalmente, dispendem uma parcela maior de seu salário com a compra de cigarros. Por outro lado, São Paulo e Porto Alegre são as cidades brasileiras em que mais se fuma, enquanto o oposto ocorre em São Luiz e Salvador. Já a Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou dados que mostram que as medidas antitabágicas em vigor no Brasil evitaram a morte de pelo menos 15 mil crianças.
Para finalizar, as sociedades científicas preconizam que o método mais eficaz e seguro para deixar de fumar alia o aconselhamento psicológico ao tratamento farmacológico, que é – como informa o Dr. Bartô – o que se faz no ambulatório do HU. Dispositivos como os cigarros eletrônicos não são eficazes quando usados por aqueles que desejam parar de fumar.
Acompanhe, pelo link acima, a íntegra do comentário do professor João Paulo Lotufo.