Brasil se prepara para avançar em cibersegurança

A professora Cynthia Rosa diz que o Brasil deu um grande avanço na questão da segurança, com a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados, nº 13.709/2018
  

 20/03/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 31/03/2020 as 15:34
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Foto: DataCorp Technology LTD via Flickr – CC

Este ano, dois eventos vão colocar o Brasil na rota da contemporaneidade em relação à rede mundial de computadores. O primeiro é a entrada em vigor, no mês de agosto, da nova Lei Geral de Proteção de Dados. O segundo evento é o edital que o governo federal deve lançar, no segundo semestre, para implantação da tecnologia 5G no País. 

Considerada a maior licitação do setor no mundo, a tecnologia 5G vai ser fundamental para o desenvolvimento de smartTVs, smart cities, internet das coisas, por exemplo. Na mesma medida em que há o avanço da tecnologia e da inovação, há também a preocupação com a segurança de dados e informações que circulam na internet, a cibersegurança.

Uma preocupação que muito pouca gente sabe, mas que  começou logo após a Segunda Guerra Mundial, como explica a professora Cynthia Rosa, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP) da USP, especialista no assunto. Ela diz que os aliados criaram uma rede de informações contra comunistas e nazistas que disseminou a cultura do uso de dados pessoais que, depois, teve eco na internet.

Para a professora, o Brasil deu um grande avanço na questão da segurança, principalmente na internet, com a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados, nº 13.709/2018, que inclusive altera artigos do Marco Civil da Internet. A nova legislação, segundo a professora, coloca o Brasil em condições similares aos países europeus, asiáticos e norte-americanos.

A preocupação dos Estados Unidos com a possibilidade da empresa chinesa Huawei vencer a licitação para implantar e operar a tecnologia 5G no Brasil tem fundamento, segundo a especialista. Ela diz que a empresa já praticou irregularidades com relação à proteção de dados, tendo sido fortemente criticada por Canadá, Nova Zelândia, União Europeia, entre outros. 

Ouça a entrevista completa no link acima.


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