Muitas mulheres enfrentam dificuldades para engravidar e buscam no atendimento público ou privado realizar o sonho de ser mãe. A reprodução assistida evoluiu muito desde o primeiro bebê de proveta, Louise Brown, nascida em 1978, e que rendeu um Prêmio Nobel de Medicina ao criador da técnica, Robert Edwards. No Brasil, esse método de fertilização só foi possível a partir de 1984. Na década de 90, o Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto (HCRP) passou a oferecer esse serviço gratuitamente pelo SUS. Segundo Rui Ferriani, responsável pelo setor de Reprodução Humana do HCRP, entre os fatores que podem dificultar a gravidez estão “os distúrbios em que a mulher não ovula, as alterações de trompa ou de espermatozoide”.
Atualmente, com os avanços na medicina, a reprodução assistida oferece técnicas modernas que apresentam resultados positivos e baixos riscos para a gestação. Ferriani lembra que, “depois do bebê de proveta, veio a injeção de espermatozoides, congelamento de óvulo, embrião e espermatozoide e, mais recentemente, a biópsia de embrião, em que é possível fazer os diagnósticos invasivos, genéticos em relação ao embrião”. Entre os avanços no setor está “o aumento do tempo de cultivo do embrião até blastocistos, que é um embrião de quinto a sexto dia de cultivo, prazo máximo que ele pode ficar no laboratório, depois desse período tem de ser transferido ou congelado. Isso permite uma melhor escolha do embrião”. A Inteligência Artificial é outra inovação, ainda incipiente por ser um método novo no sistema de escolha da reprodução, mas que no futuro pode vir a ser um aprendizado importante, cita o doutor Ferriani.
Antes de definir o método de reprodução assistida a ser realizado são necessários exames como avaliação do sêmen, da ovulação, do útero e das trompas por meio de um ultrassom ou exame radiológico. “Entre as técnicas que podem ser utilizadas, a principal é a inseminação intraútero, em que se coloca o espermatozoide dentro do útero e a fertilização acontece na trompa, e a fertilização in vitro, que acontece dentro do laboratório onde se coleta o óvulo da mulher, o espermatozoide do homem e, a partir daí, se faz o embrião, que é transferido para o útero”, diz Ferriani.
Jornal da USP no Ar
Jornal da USP no Ar no ar veiculado pela Rede USP de Rádio, de segunda a sexta-feira: 1ª edição das 7h30 às 9h, com apresentação de Roxane Ré, e demais edições às 14h, 15h, 16h40 e às 18h. Em Ribeirão Preto, a edição regional vai ao ar das 12 às 12h30, com apresentação de Mel Vieira e Ferraz Junior. Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo do Jornal da USP no celular.