Ambiente e prematuridade é o tema abordado pelo professor Paulo Saldiva na edição de hoje. Para Saldiva, o bebê que nasce antes do tempo não é uma miniatura, ele ainda não completou alguns estágios do desenvolvimento e para sobreviver lança mão de algumas adaptações metabólicas que fazem com que tenha mais risco, por exemplo, de obesidade e diabete na fase adulta, além do risco de morrer no primeiro ano de vida por causa de infecções. “A prematuridade não é só questão de saúde da criança, mas também do adulto que ele virá a ser”, afirma.
A poluição do ar também é um fator da prematuridade. Saldiva ressalta que, ao se medir a poluição nos domicílios, calcula-se a dose que a mãe recebeu, tanto por partículas quanto por gases, aumentando o risco de prematuridade de forma significativa. “Esses dados mostram que é preciso investir em mobilidade de baixa emissão e em um grande favorecimento de transportes ativos, como bicicleta, e também transporte coletivo de qualidade.”
E os bebês que ainda nem nasceram são os mais afetados, podendo ter sua saúde afetada no futuro sem ter uma forma de se proteger, a não ser pela consciência e decisão dos adultos.
Ouça no link acima a íntegra da coluna Saúde e Meio Ambiente.