A ansiedade, comum e recorrente na vida adulta, atinge aproximadamente 9% de todos os brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O transtorno vem sendo detectado em pessoas cada vez mais jovens. Pesquisa do professor Fernando Asbahr, da Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, revela que aproximadamente 10% de todas as crianças e adolescentes têm ou irão ter algum tipo de ansiedade.
O transtorno de separação é o caso mais comum: as crianças não conseguem se separar dos pais e costumam ter dificuldades de se adaptar nas escolas. O professor explica que o grau de intensidade do problema é medido pelo quanto ele influencia na rotina do jovem, ou seja, a ansiedade consiste em casos repetitivos nos quais a criança deseja muito fazer algo (seja ficar sozinha ou dormir na casa de um amigo), mas não consegue.
Asbahr explica que a doença é difícil de ser diagnosticada, por ser silenciosa e sem grandes expressões, diferente da hiperatividade, que é facilmente reconhecida. Para o especialista, a maioria dos casos pode ser tratada apenas com terapia cognitiva comportamental. Essa linha de tratamento é extremamente eficaz e deve envolver a participação dos pais. Somente em quadros graves é indicado o uso de medicamentos.
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