“Uma casa sem livros é um corpo sem alma.” Essa frase é clássica e foi dita pelo pensador romano Cícero, razão pela qual a professora Marisa Midori fala em sua coluna de hoje (11) de uma casa com muitos livros. Isso porque foi inaugurado, no bairro da Liberdade, o Museu do Livro Esquecido, que guarda uma relação com a casa que pertenceu a um artista plástico, Felisberto Ranzini, especializado em paisagens. “A relação com o livro passa justamente pelos espaços, mas pelo fato de a casa há algum tempo estar num processo de restauração, e a ideia dos fundadores desse museu é justamente essa possibilidade de conhecermos esse ambiente da casa, o ambiente dos livros, ver esse processo de restauração, essa mudança constante do espaço.”
Na casa acontecem muitas atividades, diz Marisa: locação do espaço para produção audiovisual, restauro e encadernação de livros, exposições, como a que foi intitulada A Solidão e a Escrita, iniciativa pensada a partir de três escritoras mulheres de tempos e espaços bem distintos: Carolina Maria de Jesus, Teresa Margarida da Silva e Orta e Christine de Pizan, esta última uma escritora e filósofa “que viveu de suas penas”, algo muito raro na época. A colunista diz ainda que existe um outro aspecto da casa que considera digno de menção: “Um acervo bibliográfico bem importante e especializado em história do livro e em tipografia”, aberto a pesquisas e leituras. O museu abre aos sábados e domingos, das 10h às 17h.
Bibliomania
A coluna Bibliomania, com a professora Marisa Midori, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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