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Nesta semana, o professor Alberto do Amaral comenta sobre as eleições presidenciais na Venezuela, que acontecerão no próximo domingo. As pesquisas divergem sobre o resultado e Nicolás Maduro, atual presidente, afirma que, se não ganhar as eleições, o país verá um banho de sangue.

A Venezuela é um país com graves problemas econômicos e políticos. Do ponto de vista econômico, a população enfrenta muitas privações: o abastecimento de água não é regular e o mesmo acontece com o fornecimento de energia elétrica. A Venezuela de hoje é um país pobre, apesar das riquezas naturais que possui. Do ponto de vista político, a perseguição aos oponentes, a censura à imprensa e a prisão de opositores contribuem para a pouca credibilidade do governo junto à comunidade internacional.

As perspectivas para essa eleição de domingo na Venezuela são difíceis. Faltando poucos dias, está acontecendo uma verdadeira guerra de pesquisas eleitorais, o que tem dificultado prognósticos sobre o resultado final. “A afirmação de Maduro de uma possível guerra civil, caso ele perca as eleições, é francamente inapropriada. Ao invés do presidente da Venezuela afirmar que garante uma transição pacífica, caso vença essas eleições, ele adverte a população para a possibilidade de um banho de sangue.”

Existe ainda o grande temor de fraude eleitoral, porque algumas pesquisas indicam a ampla vitória do candidato da oposição Edmundo González. Esse fato levanta a possibilidade de o governo venezuelano fraudar o processo eleitoral para se manter no poder. “Essa questão é extremamente negativa, porque significaria a manutenção do status quo na Venezuela, invalidando qualquer processo de redemocratização do país a curto prazo. A violação dos direitos humanos tem sido uma constante na Venezuela e é importante que esse processo seja eliminado, mas as atuais condições e promessas do governo de Maduro não indicam nenhuma mudança significativa a esse respeito”.

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