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Em sua última coluna de março, José Eli da Veiga recomenda a leitura de um livro recentemente lançado  pelo físico, astrônomo e professor Marcelo Gleiser, cujo título é O Despertar do Universo Consciente – Um Manifesto para o Futuro da Humanidade. Para o colunista, é fundamental que, apesar de algumas restrições que faz ao livro, este seja lido por todos. “A insistência dele no que ele chama inclusive de biocentrismo, com inúmeros argumentos, principalmente vindos da astrofísica, que é a área dele, mas principalmente entrando muito pela astrobiologia, a ênfase que ele dá a essa questão me parece correta, independente de problemas no livro. E acho que, a rigor, é um livro que mereceria ser leitura obrigatória para todos os estudantes de graduação, de pós-graduação. Para os meus colegas, eu nem digo – é que, em geral, o pessoal mais tarimbado já tem opiniões muito fortes sobre que gosta, o que não gosta etc”.

Em relação às restrições à obra, Eli da Veiga cita opiniões que dão o autor como romântico ou voltado ao espiritualismo, mas isso, a seu ver, não compromete o livro. E explica seu ponto de vista: “Eu sou absolutamente materialista e, nesse sentido, acho que faço parte da turma que ele, principalmente, procura criticar nesse livro. Mas isso não impede de concordar no essencial. As coisas que aparecem aqui e ali, francamente, não me atrapalharam na leitura, porque eu posso perfeitamente tomá-las como partes poéticas do livro. Tem algum problema um cientista do peso dele escrever um livro com tantas evidências científicas, com uma argumentação fantástica e, no começo e no fim, em alguns capítulos, dizer que quer ser poético? Até nisso, que ele chama de um manifesto para o futuro da humanidade, que é o subtítulo do livro, manifesto não é coisa que se escreva individualmente. Todos os exemplos que a gente tem de manifestos importantes foram escritos coletivamente”. 

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