O colunista Pedro Dallari retoma o tema de sua coluna anterior: o problema da superpopulação carcerária no Brasil. Afinal, são 650 mil presos e a sociedade paga caro para mantê-los isolados, sem que isso, necessariamente, implique em sua recuperação – pelo contrário, as prisões funcionam hoje como “escolas do crime”, tornando de alta periculosidade muitos indivíduos que, ao ingressarem no sistema prisional, eram considerados de baixa periculosidade.
Para Dallari, apenas os presos mais perigosos deveriam ser mantidos sob cárcere. Aos demais, deveriam ser aplicadas penas alternativas, a fim de que não fossem aliciados pelo crime organizado. “Essa é uma questão fundamental da cidadania num mundo globalizado: como lidar com a população carcerária e como tratar a população que comete ilícitos”, afirma o colunista.