O Estádio do Pacaembu foi concedido por 35 anos, em 2020, para uma empresa interessada em explorá-lo e mantê-lo. Essa cessão foi feita mediante o pagamento de uma outorga à Prefeitura e a empresa passou a ter direito de explorar várias atividades, inclusive com a construção de um centro de convenções que ficaria justamente no local onde estava o Tobogã.
Passado o período de dois anos, a concessionária Allegra Pacaembu pediu à Prefeitura um desconto no valor de outorga a ser pago para a gestão municipal e a extensão do prazo de contrato por mais 15 anos, além dos 35 já firmados, completando 50 anos. Além disso, quer incluir a Praça Charles Miller, local onde funciona uma feirinha, além de ter várias atividades. A justificativa da concessionária é de compensar prejuízos causados pela pandemia.
Pergunta a colunista: “Qual é o ganho que a cidade tem com a concessão do Pacaembu? Até o gramado foi cimentado e uma tenda aberta sobre ele, que arrisca a ficar permanentemente para que também possa ser explorado como evento”. Ela conclui: “Qual é o interesse público nessa concessão?”. Isso porque, segundo Raquel Rolnik, nada, “absolutamente nada” do que essa empresa está propondo como uso desse estádio é público e de interesse público.
Cidade para Todos
A coluna Cidade para Todos, com a professora Raquel Rolnik, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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