Colesterol alto é o vilão na maioria dos casos de pedra na vesícula

José Sebastião dos Santos explica que a bile produzida no fígado consiste em uma mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos

 17/01/2022 - Publicado há 3 anos
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Normalmente, o cálculo biliar ocorre em adultos a partir dos 40 anos, e quanto mais velho maior a probabilidade de casos

Com certeza você já ouviu falar em pedras na vesícula, mas você sabe do que se trata? Como perceber que algo não está bem ? Que tipo de dor causa ? Especialista da Universidade de São Paulo vai nos ajudar a entender o que é Litíase Biliar, o nome que se dá a essa doença.

O professor titular do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, José Sebastião dos Santos,  médico cirurgião, especialista em cirurgia geral do aparelho digestivo, chefe da divisão de cirurgia digestiva e coordenador do Centro de Endoscopia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP_USP, explica que a vesícula é um pequeno órgão localizado no fígado. As pedras são depósitos de fluidos digestivos que variam de tamanho e número e podem ou não provocar sintomas. 

José Sebastião dos Santos - Foto: Fapesp

A bile produzida no fígado consiste em uma mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos. Muitos deles ficam depositados na vesícula e não causam sintomas. Outros podem ficar presos no duto biliar, impedindo o fluxo para o intestino.

Montagem a partir da ilustração mostrando a localização da vesícula biliar, o fígado e o pâncreas. [Reprodução/BruceBlaus-Wikimedia Commons]

É perfeitamente possível viver sem vesícula

As pessoas podem até viver perfeitamente sem a vesícula, mas não sobrevivem se os dutos que fazem a  ligação com outros órgãos, como o fígado e o intestino, estiverem obstruídos, o que pode levar à morte.

Normalmente, o cálculo biliar ocorre em adultos a partir dos 40 anos, e quanto mais velho maior a  probabilidade de casos. Um ultrassom de abdômen ou uma ressonância são os exames indicados para localizar os cálculos. Quanto ao aspecto físico, é possível ver um amarelamento no branco dos olhos, nas mucosas e na pele, e a urina fica escura como um refrigerante. José Sebastião dos Santos alerta que, “nos últimos tempos, notou-se um aumento de casos em adolescentes obesos. Mas também é recorrente pedra na vesícula em pessoas com obesidade, fumantes, diabéticos, e com maior frequência nas mulheres”, finaliza.


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