Ciclo 22 promove debates sobre marcos históricos e reflexões para o futuro

Diana Gonçalves Vidal explica que a ideia do projeto é sistematizar e reunir as produções acadêmicas da USP sobre eventos históricos como o bicentenário da Independência do Brasil e o centenário da Semana de Arte Moderna

 20/09/2021 - Publicado há 3 anos     Atualizado: 07/04/2022 as 10:14
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O projeto é inspirado na própria Semana de Arte Moderna de 1922, que, na época, se incluiu no conjunto de iniciativas acerca do centenário da Independência

O projeto Ciclo 22, inicialmente chamado de USP 22, surgiu a partir de uma demanda da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo, com o objetivo de reunir as iniciativas de todas as unidades da Universidade sobre o bicentenário da Independência do Brasil (1822), o centenário da Semana de Arte Moderna e o movimento modernista (1922), reflexões sobre o presente no País em 2022 e as projeções de ideias do futuro em 2122. 

Diana Gonçalves Vidal, coordenadora do Ciclo 22 e diretora do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, fala sobre o desenvolvimento e os próximos objetivos do projeto ao Jornal da USP no Ar 1° Edição. “O projeto, que hoje é denominado Ciclo 22, surgiu como Projeto USP 22”, destaca Diana, ao ressaltar o projeto de identidade visual vencedor do Edital USP 22, que foi desenvolvido por estudantes da Escola de Comunicações e Artes da USP, orientados pelo professor Bruno Pompeu Marques Filho.

De acordo com Diana, o projeto é inspirado na própria Semana de Arte Moderna de 1922, que, na época, se incluiu no conjunto de iniciativas acerca do centenário da Independência. “Estamos aproveitando o mesmo mote da Semana de 22, que é fazer um balanço e prospecção: olhar para o passado e enxergar o que construímos ao longo dos 200 anos enquanto nação independente e, a partir disso, olhar para o futuro e pensar qual é a nação que queremos construir para os próximos 100 anos”, explica.

“O projeto se organiza em três grandes etapas: a primeira foi o Edital USP 22 para atribuir um nome e a identidade visual do projeto e que foi premiado em julho; já a segunda foi o lançamento do site estruturado com o nome e design do projeto vencedor do edital, e agora partimos para  um terceiro momento de organização do que estamos provisoriamente chamando de Congresso USP Brasil 2122”, revela a coordenadora do projeto. 

Ela explica que o congresso acontecerá com o objetivo de propor à sociedade as reflexões da Universidade de São Paulo em colaboração para um novo retrato da nação e que já se estabeleceram reuniões com apoio do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP para estruturar o evento.

A ideia do projeto é sistematizar e reunir as produções acadêmicas da USP, em suas diversas unidades, sobre esses temas históricos no site, de forma acessível não só à comunidade uspiana, mas também à sociedade. “Este site, por exemplo, não só tem pesquisas, teses e dissertações que já foram defendidas, eventos e simpósios, como também reúne materiais didáticos referentes a esses marcos produzidos ou não pela Universidade, que podem ajudar professores em sala de aula e alunos em pesquisas”, comenta.

Ela também explica que a construção do site foi pensada de modo amigável e com acervos da Universidade para além do universo da escrita. A aba Tesouros da USP, por exemplo,  busca revelar o que a Universidade efetivamente detém e, para a sociedade, a responsabilidade que ela tem na preservação desse patrimônio cultural brasileiro. “Ali a gente quer mostrar que a Universidade é muito mais que uma unidade de ensino e pesquisa, mas também que trabalha junto à sociedade e celeiro do patrimônios culturais raros”, avalia. Diana também ressalta que o site é uma das etapas do projeto Ciclo 22 e reforça o caráter repositório da produção artística e científica sobre os marcos, mas também é uma plataforma de reflexão sobre as prospecções para o Brasil em 2122. 

Além do site, o projeto também conta com mídias sociais. “Lançado o site, o projeto está mobilizando outras estratégias com o Twitter, Instagram e YouTube”, conta. As plataformas serão alimentadas a partir dos conteúdos produzidos para o site, com matérias produzidas no Jornal da USP, vídeos, infográficos, teses e dissertações.

A coordenadora descreve que o projeto busca agregar todos os grupos da Universidade, desde os funcionários até a pós-graduação. “A gente propôs uma colaboração à Pró-Reitora de Pós-Graduação com a abertura de um edital de vídeos aos estudantes de pós-graduação que pesquisem sobre os aspectos dos marcos sobre a Independência e modernismo”, destaca. O site do Ciclo 22, por exemplo, foi desenvolvido internamente por funcionários da USP, com apoio da Superintendência de Comunicação Social (SCS) e da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da USP.

O projeto Ciclo 22 é coordenado por Diana e pelo professor e presidente da Edusp, Carlos Roberto Ferreira Brandão, com apoio de Thais Helena dos Santos, da Superintendência de Comunicação Social, e de Juliana Frutuoso Vieira, do Instituto de Estudos Brasileiros. Diana também explica que a responsável pelo design gráfico do site é Beatriz Abdalla, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), e a produção de conteúdo ficou por conta de Crisley Santana, da Escola de Comunicações e Artes (ECA), e Rafaela Silva Rabelo, pesquisadora da Faculdade de Educação (FE). “Uma equipe enxuta, mas bem animada e que tem trabalhado com muita garra”, finaliza.


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