Cidades precisam reformular políticas urbanas para combater emergência climática

“Temos que tomar atitudes drásticas para interromper esse processo, já que, se nada for feito, a temperatura da Terra poderá chegar a até 5 graus de elevação no final do século”, afirma Nabil Bonduki

 19/08/2021 - Publicado há 3 anos
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Na edição de Cotidiano na Metrópole desta semana, o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, discute como as cidades deverão lidar com a emergência climática alertada pelo recém-publicado relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

De acordo com o estudo, é inequívoca a participação humana no processo de mudanças que estão acontecendo no planeta. Para Bonduki, “isso significa que temos que tomar atitudes drásticas para interromper esse processo, já que, se nada for feito, a temperatura da Terra poderá chegar a até 5 graus de elevação no final do século”.

Ainda assim, evitar a tragédia “é possível”, opina o professor, que defende que as cidades devem assumir um papel decisivo nesse processo, tanto pelo que ocorre no território urbano como em consequência dos hábitos e consumo da população urbana, que estimulam desmatamentos para ampliar a área de pastos e de plantação de grãos para alimentar as cidades.

“É fundamental que a gente altere, nas cidades, as políticas que têm sido tradicionalmente utilizadas”, afirma Bonduki, ao listar políticas envolvendo racionalização de uso de automóveis, estímulo da mobilidade ativa e de uso do solo urbano, diminuindo deslocamentos entre casa e trabalho.


Cotidiano na Metrópole
A coluna Cotidiano na Metrópole, com o professor Nabil Bonduki, vai ao ar quinzenalmente às quinta-feira às 9h00, na Rádio  USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção a Rádio USP,  Jornal da USP e  TV USP.

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