Neste mês de março, completou-se um ano da pandemia do coronavírus. A crise sanitária, ao contrário do esperado, regrediu. Tratando de economia, então, será que o impacto pode ser ainda maior neste segundo ano? Em entrevista ao Jornal da USP no Ar Primeira Edição, o professor Simão Silber, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, discute o tópico.
Segundo o professor, “o impacto na economia no segundo ano será diferenciado para pior, no Brasil”. A negligência com que o governo brasileiro vem enfrentando a crise é a principal responsável por isso tudo. Ele menciona um estudo, realizado por técnicos do mundo todo em uma universidade chinesa, que apontou que a mobilidade e a conectividade das diferentes atividades foram afetadas.
Silber destaca o “negacionismo brutal da ciência”, que atrapalha o processo de vacinação e contribui para o aumento no número de casos, contando com o surgimento de novas cepas. Todos esses fatores prejudicam muito a estabilidade brasileira. “Nós estamos em uma situação, no Brasil, praticamente de párias no mundo”, afirma.
“Nós vivemos três problemas. Nós temos um problema sanitário, muito mal encaminhado; temos o problema econômico, consequência do mau encaminhamento da crise sanitária; tem um problema social dramático. O Brasil já era desigual e ficou ainda mais. Todos aqueles que estavam no setor informal estão em uma situação absolutamente precária”, lembra.
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