O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada ao Hospital das Clínicas da USP, pela terceira vez foi reconhecido por uma instituição internacional pela excelência no atendimento e serviços oferecidos à população. A Joint Commission International (JCI), considerada referência mundial para atestar a qualidade da assistência hospitalar, certificou o instituto em 2014, em 2017 e novamente em 2020. O Icesp foi o primeiro hospital da rede pública localizado na capital a receber a acreditação.
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, neste Dia Mundial de Combate ao Câncer, o médico oncologista Paulo Hoff, titular do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da USP e presidente do Conselho Diretor do Icesp, informa que a acreditação da JCI reconhece, inclusive, os esforços da equipe do hospital durante a pandemia para manter o atendimento dos pacientes em alto nível: “Apesar de todo o esforço ser despendido com a pandemia, nós conseguimos manter o atendimento dos nossos pacientes em alto nível, com segurança, qualidade e dando ao paulista o atendimento de câncer que ele merece”.
Ao todo, o instituto possui 45 mil pacientes em acompanhamento, índice de 96,2% de satisfação e já atendeu mais de 115 mil pessoas. Durante a pandemia, o Icesp recebeu aproximadamente 500 pacientes com covid-19, o que demandou a adaptação das instalações hospitalares para isolar os pacientes contaminados e garantir a segurança dos pacientes em tratamento oncológico.
Hoff explica que, durante a crise sanitária, muitas pessoas deixaram de fazer exames de prevenção e, no início da pandemia, houve redução de aproximadamente 30% dos diagnósticos de câncer no País. Contudo, a doença continua atacando e as pessoas não estão sendo diagnosticadas em tempo hábil: “É muito importante não deixar de fazer os exames preventivos. As pessoas com sintomas devem procurar auxílio médico mesmo na pandemia”.
O Icesp é a maior entidade pública de tratamento de câncer no Brasil e oferece estrutura completa ao paciente, desde o diagnóstico até o final do tratamento. Segundo o médico, o hospital disponibiliza cirurgias robóticas, radioterapia, radiocirurgia e acesso a terapias experimentais não disponíveis comercialmente. Todo o tratamento é custeado pelo Sistema Único de Saúde. O diagnóstico inicial deve ser feito pela rede pública e posteriormente o paciente pode ser encaminhado para o instituto, compartilha Hoff: “A única coisa que o Icesp não faz é o diagnóstico inicial. Depois do diagnóstico feito na rede estadual de saúde, o instituto assume o cuidado completo do paciente. Tudo o que o paciente necessita é provido a ele”.
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