Acordo entre EUA e União Europeia pode pressionar política ambiental brasileira

Segundo Rubens Barbosa, o objetivo da ação conjunta entre Europa e EUA é acabar com as emissões de carbono e o desmatamento até 2050; isso tende a pressionar o Brasil para ajustes em suas políticas ambientais

 08/12/2020 - Publicado há 4 anos

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Na coluna Diplomacia e Interesse Nacional desta semana, o embaixador Rubens Barbosa discute a proposta de ação conjunta enviada pela União Europeia aos Estados Unidos, visando a estabelecer diretrizes para o gestão das mudanças climáticas. Segundo o colunista, o objetivo é formar uma coalizão mundial para acabar com as emissões de carbono e o desmatamento até 2050. 

Barbosa informa que, entre as propostas, estão o esforço conjunto contra o desmatamento em todo o globo para restringir a produção e o consumo de produtos oriundos de áreas desmatadas e também a meta de acabar com as emissões de carbono até 2050. A eleição de Biden nos EUA mudou as prioridades do governo americano e o combate à pandemia, a reestruturação da economia, a luta contra o racismo e a implementação de uma nova política ambiental estão entre os principais objetivos. “Depois de quatro anos com o governo Trump, os EUA estão de volta na linha de frente da política ambiental e vão voltar a participar do Acordo de Paris.”

A coalizão deverá ser aberta a todos os países e estabelecer medidas para incentivar a redução das emissões de gás carbônico e evitar possíveis tensões comerciais. Para o colunista, a associação entre União Europeia e EUA tende a pressionar o Brasil para ajustes nas políticas ambientais: “Isso vai ser importante porque vai depender de recursos e de uma nova atitude em relação à Amazônia”.


Diplomacia e Interesse Nacional
A coluna Diplomacia e Interesse Nacional, com o professor Rubens Barbosa, no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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